terça-feira, 3 de abril de 2007

Dos Arquivos de "Na Cozinha com Elas": Odete Santos.


Odete Santos recebeu-nos enquanto se preparava para a actuação da noite no teatro Maria Vitória. O seu camarim era de tal forma exíguo que o Zé Guilherme teve de a fotografar do corredor e o Manel ía fazendo as perguntas encostado ao umbral da porta. Absolutamente espontânea e calorosa, falou sobre culinária com igual entusiásmo ao que, até então, só lhe conhecíamos das intervenções políticas. Fiquei com a deliciosa impressão que, neste encontro, se divertiu tanto como nós.(TCD).


Pedi aos autores de “Na Cozinha com Elas” para assistir à entrevista com Odete Santos. Num camarim do teatro Maria Vitória, cheio de adereços para as personagens de Sherazade e D. Maria I, ouvimos espantados descrições de aulas de cozinha da Mocidade Portuguesa, onde descobriu tachos e colheres de pau. A conversa de comida passou para os cães. O de Odete Santos chama-se Naif. Característica que a Deputada não me pareceu ter.(MMM).


Mesmo tendo assitido ao espetáculo, numa plateia em que as cadeiras mais teriam lugar num país de pigmeus, não estava preparado para o que era o backstage. Odete Santos parecia, contudo, totalmente imune à miséria que a cercava. Sorridente, afável, de certo modo um paradigma de glamour num casaco de vison intensamente falso em que voltava de jantar entre duas sessões da revista. Sempre com uma ponta de humor, os olhos brilhantes, diria eu de malícia, enquanto falava muito clara e inteligentemente sobre as suas preferências culinárias.(JGV).