quinta-feira, 31 de maio de 2007

Responda k nós blogamos: Sushi.

Sushi, mais do que Pizza e mais do que Sorvete, é uma das grandes invenções da Humanidade a ponto de se poder tornar, falo por experiência, matéria de fascinação obsessiva. Não, como os sorvetes ou a pizza, para nos tranquilizar ou fazer companhia enquanto vemos televisão. Para muitos uma questão de status, para outros uma consequência funesta da globalização, excelso objecto de prazer para outros ainda. Para mim a sua verdadeira função seria simplesmente elevar a alma. Assim, a pergunta desta semana:

Sushi. Gosta? Sim? Não?
Se “não”: Porquê?
Se “sim”: Qual é o seu favorito? Qual o que lhe deixou uma mais extraordinária recordação? O melhor Sushi-bar?

Alda Fernandes (funcionária diplomática, Paris) - Sushi- gosto imenssissimo!
sobre o meu favorito-tenho dificuldade em escolher um em particular.
o melhor sushi bar- não tenho nehum em especial. Aliás para mim o sushi é dos pratos que gosto de comprar e levar para casa.

Alexandre Mottier (galerista, Genève) - Malheureusement, je n'aime que les "sushi-raclette" !!!!!
Je pourrais te donner les meilleures adresses pour manger des fondues et des raclettes !!!!

Ana Filgueiras (consultora, Lisboa) - Sushi. Gosta? SIM.ADORO!
Se "sim": Qual é o seu favorito? PEIXE BRANCO.
Qual o que lhe deixou uma mais extraordinária recordação? NÃO ME LEMBRO MAS NO BRASIL EU A MARA SÓ COMÍAMOS EM RESTAURANTES JAPONESES SOBRETUDO EM S.PAULO E NO LEBLON.
O melhor Sushi-bar? AQUI GOSTO DO DA RUA DO EMBAIXADOR e tambem do das TWIN TOWERS(Sete Rios).

António Mateus (jornalista, Lisboa) - agora...blogando....hmm...curioso...pizzas...sushis...dois animais gastronómicos que me seduzem mais pelo lado escultórico que pelo paladar final ou, pior ainda, a textura.adoro peixe, temperado com o aroma de carvão, injectado no prazer de grelhar.o sushi, para mim, é tanto uma extensão da pureza e fascínio do mar, como, ao mesmo tempo, uma sensação de crueza de "comer o corpo". ainda "nú", no seu estado quase vivo.e a textura "lambisgótica" do peixe crú sugere-me um percurso de devolução vomitória pela minha tubagem intestinal....e a pizza, se bem que já cozinhada e impregnada de "olfacto teasers" até à inconsciência, tende em mim a colidir com a minha repugnância por tudo o que é gordo ou de gorduras escorrente.talvez pela minha paixão gastronómica, dos condimentos telúricos, este produto "onde-vale-tudo", de condimentos colados entre um colchão de pão e um edredon de queijo derretido me seduz apenas de passagem, em dias de assumida preguiça, de arquivo gastronómico.

António de Vallera (professor universitário, Lisboa) - 1. Gosto muito, bem feitos e no ambiente apropriado.
2. Acho que não tenho favorito. Apetece sempre um mínimo de variedade.
Desde os enrolados com folha de alga, aos feitos à mão (nigirisushi?),
aos ninhos de arroz, ... sei lá que mais, há imensos óptimos. Onde te
abasteces há algum sítio nessa banda? Para o peixe, tens a lota,
claro...
3. A melhor recordação: os feitos por mim, enroladinhos no tapete e
cortados com grande maestria, ou aconchegados no côncavo da mão, os
ingredientes pensados e prensados com amor (ou gula). Tenho um amigo
inacreditavelmente rigoroso em tudo na vida que se apaixonou* pela
comida japonesa e me ensinou a fazê-los com ele.
*Apaixonou não é a palavra certa, é mais obsessou a certa altura. Eu
acho que me apaixonaria mais facilmente e poeticamente mas menos
obsessivamente, mas é uma questão de temperamento (e de talvez ter sempre
outras obsessões, e não se consegue obsecar por muitas coisas ao mesmo
tempo, né?) - qual é o teu caso?
4. A pior recordação: provados no dia seguinte, feitos pelos meus filhos
e deixados no frigorífico, com arroz de origem indeterminada - de
provocar vómitos! (tudo para o lixo - nem eles os conseguiram comer).

António Verdial (empresário, Lisboa) - 1. Gosto;
2. Até hoje gostei de todos;
3. Se é um efeito da Globalização, então “Viva a Globalização”; só é pena que cá no burgo ainda seja difícil de encontrar e que o Assuca não tenha “Valet Parking”, pois tem o melhor que conheço em Portugal.
4. O melhor Sushi bar que conheço é um em Madrid junto às Cortes e vou saber o nome e telefone e depois informo.
5. Decerto que é uma das grandes invenções da Humanidade quase equivalente aos sorvetes. Pizza para mim ficará uns pontos mais abaixo ( hidratos a mais e digestão nem sempre pacifica – é a idade !!!).

Belita Monteiro (embaixatriz, Paris) - Detesto Sushi!!!
Detesto tudo o que é peixe cru!

Daniela Jerónimo (estudante, algures na Holanda) - Quanto ás questôes, achei piada porque estava à pouco a reclamar com a minha colega japonesa, porque ainda nunca provei suchi por isso não sei .Mas pelo que já vi, acho que vou gostar. Aqui na Holanda parece haver siíios com uma reputação considerável tenho que ir cuscar.

Iolanda Sousa (jurista, Lisboa) - Experimentei a medo… por insistência do meu irmão… e gostei e muitooooooo!!!! Gosto do ritual da confecção… fascina-me a apresentação e o paladar aguça-se com a diferença! Gosto muito dos rolinhos com aquele arroz avinagrado, algas, e um pouco de salmão… descobri assim que gosto de salmão de todas as formas!!! Também me agradam as gambas, o peixe manteiga e a garoupa, todos “sushisados”.. A mais extraordinária recordação foi um barco decorado com rolinhos com abacate e colorido por diversos tipos de peixes com texturas e cores diferentes, e com uns apontamentos de uma pasta picante e gengibre cor-de-rosa… mais uma vez não sei os nomes!!!! O melhor Sushi-bar? Para iniciantes, recomendo o Aya Bistrôt nas Twin Towers. Eu gosto da passadeira rolante, dá para ver passar o que há e escolher com calma o que se quer.

João Azevedo (jurista, Lisboa) sushi…sim, gosto; porque é intenso, de uma intensidade primordial, aquática… é mesmo, até, forte, sem por isso deixar de ser leve e subtil, de uma delicadeza peculiar, que desde sempre me fascina.
gosto de o apreciar no Bonsai, à rua da Rosa, porque aí se encontra a atmosfera que uma tal iguaria, a um tempo simples e sofisticada, exige para ser vivida, ou, mais precisamente, “experienciada”; não sei dizer qual o que me deixou uma mais extraordinária recordação…talvez porque apreciá-lo constitua sempre uma experiência de serena tranquilidade, o encontro com o que se conhece mas é sempre novidade e, por isso, um momento singular, único, que não ocorre comparar com outros.

João Canilho (executivo, Lisboa) - Sushi: gosto.
Qual: com caranguejo de casca mole: estaladiço e saboroso.
O melhor: não sei, mas há um na baixa de Sydney, num hotel, fabuloso.

João Rito (arquitecto, Lisboa) - Não sou muito entendido em pratos de sushi, mas do que tenho provado, gosto muito, tanto, da comida em si, gostosa e muito leve, como do colorido (os olhos também comem) e do ritual que lhe está associado, como seja a partilha dos pratos, o comer com os pauzinhos (quando corre bem, o que nem sempre acontece), etc.
Em Lisboa recomendo, para almoço, o sushi junto ao Rio, sobre a esplanada dos "meninos do rio" (não sei o nome...), não só pela comida, como pela vista excelente, principalmente na esplanada quando o tempo o permite, e à noite o Estado Liquido, em Santos.

Jola Montgelas (Bruxelas) - First things first: Sushi. Adoro, podia comer todos os dias - como aliás toda a cozinha japonesa ( ok, niet às sobremesas - gelado do chá verde est demander trop).
Porque sim: Primeiro óptimas lembrancas da minha vida de estudante em Munich - havia lá um "SushiBar" - bastante chic, muito caro e supercool, no fim dos anos 80 (..) , com arte contemporânea e um público com um cheiro de intelectualismo e dinheiro na mesma ( irresistível para uma estudante com bicicleta e ambições grandes na vida - well, long time ago).
O meu favorito é, não muito originelle, infelizmente sempre o omnipresente Californiaroll ( adoro abacate) , depois tem de ser Atum e depois pepinos (i.e. cocombre, nao sei se a palavra é certa em português). Miso soup e de vez em quando uma tempura - já estou feliz.
Em Portugal só me lembro de dois restaurantes japoneses - um num Hotel muito caro no Estoril em direcção a Sintra, lado esquerdo, na serra - onde fomos comer em 1998 com amigos nossos mais outros conhecidos - os quais optaram nessa noite depois muito consideração e choros pour um steak, aparentemente tiveram muito medo das tralhas japoneses. O outro restaurante era numa rua estreita e pequena na Estrela - mas não sei lhe dizer o endereço, nem o nome. Teve uma decoração sinistre, mais ou menos como se fosse uma taverna espanhola, com tectos de palha e burrinhos em azuleijos nas paredes; mas servia Sushi nada mau - mas isto tudo já há 10 anos e já não conta como informacao quente da vida lisboeta -sorry!!! De certeza deve haver agora vários íitios para comer optimos sushi em Lisboa.
Aqui em Bruxelas fui comer ainda em março com o nosso amigo comun, o Seiji Morimoto - foi um restaurante aqui que faz uma fusão de cuisine française e sushi japonais - a única coisa interessante era foie gras frito e presentado como um Sushi - mas o resto não convenceu dois velhos comilões como o Seiji e eu.

Lúcia e Jacinto Rego de Almeida – (criadores, Alcanhões) A resposta da Lúcia (que coincide com a minha ) é a seguinte:
Gosta de sushi e entende o sushi como uma excelente comida para
confraternização e convívio entre amigos.
O favorito é o sushi de salmão.
Não conhece nenhum sushi bar em Lisboa, mas o sushi é muito habitual no
Brasil sobretudo por parte dos jovens.
Vou mandar o seu mail para o meu filho Otávio que é um fã incondicional
de sushi e conhece todos os tipos. Ele, por vezes, manda buscar em
restaurantes de Brasília a chamada caravela de sushi. Um barco
ornamentado com sushis para degustar em casa.

Luísa Mendes (jurista, Samora Correia) - Às vezes, tenho dias. No início adorei, abusei da frequência, e agora já só tolero muito de vez em quando.
O que mais aprecio….aqueles com sementes à volta e recheados de Salmão (não sou perita na matéria e como tal não sei os nomes técnicos).
O meu sushi favorito é no bairro alto, não me recordo do nome, mas tem um ambiente muito tranquilo.

Manuela Perroud (Paris) - Não gosto muito.
Não acho muita graça.
Bastante insípido.

Maria Isabel Batista Madureira (jornalista, Lisboa) - Sushi. Gosta? SIM MUITO.
Se “sim”: Qual é o seu favorito? KÊ SUSHI ALCANTARA .
Qual o que lhe deixou uma mais extraordinária recordação? O melhor Sushi-bar? EM RHODES ISLAND. MAS NÃO LEMBRO O NOME. MAS O SUSHI CHEF ESTAVA NO CENTRO DA MESAE TODAS AS MESAS TINHAM UM TIPO FAKIR A COZINHAR SÓ PARA NÓS

Nuno de Sá Gaspar (gestor, Meco) – Não gosto. Acho o sabor estranho e tudo o que me sabe mal não me faz bem. Acho estranha a ideia de comer peixe cru.

Nuno Silvestre (engenheiro informático, Lisboa) - Sim. De modo geral, gosto do sabor e textura da comida crua (honni soit qui mal y pense…). Não tenho grande experiência, mas gosto muito do Kappamaki (pepino) e salmão.

Onésimo Almeida (professor universitário, Providence R.I.) - Não, não gosto de sushi. Comi de tudo na Tailândia e na China. No Japão também, Mas sushi, provocava-me uma reacção desagradável nas narinas.
Como de tudo em todo o mundo. Já comi numa praia na Colômbia, a dona do restaurante, uma negra enorme, a preparar a refeição e os porcos à nossa volta a comerem o que ela atirava para o chão. Mas sushi não se deu comigo.

Otávio Veiga de Almeida (jurista, Brasília) - O sushi, que eu experimentei pela primeira vez em 1996, é, na minha opinião,
a melhor forma de se conjugar alimentação e convívio.Uma alimentação leve e extremamente saudável, que possibilita, pelo seu formato, uma refeição prolongada e muito agradável.
Deve-se ressaltar a importância de dois elementos indispensáveis: o wasabi (no Brasil chamado de raiz forte) e o saquê.A raiz forte, caracteriza-se pela peculiaridade de ser uma pimenta que acentua seu efeito, instantes após, ser ingerida.E o saquê, é, possivelmente, uma das bebidas que melhor combina com uma comida específica, o sushi.
O favorito é o de salmão.
Quanto ao melhor restaurante/bar de sushi, não seria capaz de apontar apenas um, tendo em vista que, no Brasil, a comida já está popularizada há vários anos, e portanto, existem, segundo entendo, muitos restaurantes/bares de excelente nível.

Paulo Costa (empresário, Lisboa) - gosto do Sushi California Bond em New York e do Estado Líquido, em Lisboa.

Paulo Marques (gestor, Meco) – Gosto mas não tenho nenhum que considere o favorito.

Paulo Silva (arquitecto, Meco) – Gosto. Não tenho um sushi favorito. O melhor Sushi-bar é o da Bica do Sapato.

Sónia de Andrade e Silva (jurista, Lisboa) - Não gosto nada de sushi. Porquê? Não sei! Já experimentei diversas vezes (para ver se mudo de opinião) e, não! Não gosto mesmo!!!!!

Tânia Carraquico (jurista, Lisboa) - Sushi: Definitivamente não gosto. Já tentei em vários sítios, levada por vários conhecedores e apreciadores que me tentaram converter, sem sucesso! É pena, porque adoro rituais culinários e o sushi, definitivamente presta-se imenso a isso. Não gosto dos sabores, da textura... sabe-me demasiado a peixe e a mar, numa versão emborrachada!
Mesmo assim, o melhor Sushi-bar, o Sushi Lounge, no Estado Líquido em Santos, Lisboa. Vale pelo ambiente e, sem dúvida, pelas sobremesas!!!

Risotto de Tomate Seco.


Para quatro pessoas:

1 chávena de arroz Canaroli;
6 chávenas de caldo de legumes ou de galinha, de preferência feito em casa;
1 chávena de vinho branco seco;
30g de cogumelos Porcini secos;
¾ de chávena de tomates secos, cortados em pequenos pedaços;
1 cebola pequena, finamente picada;
200g de bacon cortado em pequenos cubos;
½ chávena de salsa finamente picada;
½ chávena de queijo parmesão, de preferência ralado na altura;
2 colheres de sopa de manteiga;
! colher de azeite;
Sal e pimenta.

Cerca de meia hora antes de se começar a cozinhar, pôr os cogumelos a demolhar em água bem quente. Retira-los da água e corta-los em pequenos pedaços. Filtrar a água dos cogumelos e acrescenta-la ao caldo. Verificar o sal do caldo, evitando que esteja salgado demais.
Num tacho pesado, suficientemente grande para fazer o risotto, alourar o bacon no azeite. Retirar os pedaços de bacon e reservar. Na gordura do bacon refogar a cebola. Acrescentar o arroz e cozinha-lo até que os grãos se tornem brilhantes com um núcleo baço. Acrescentar o vinho branco e marcar 20 minutos num timer. Começar a mexer o arroz o que deve ser feito constantemente até a receita estar concluída. Sempre sobre lume rápido, uma vez o vinho evaporado, acrescentar os cogumelos e tomates. Começar a juntar o caldo, primeiro cerca de meia chávena depois em quantidades mais pequenas à medida que este vá evaporando. Ao fim de 20 minutos o arroz está cozinhado. Acrescentar a manteiga, queijo, bacon e salsa e mexer até estarem bem integrados. Servir imediatamente.

Rosbife à Fritz (Manuel Murteira Martins).


Alourar o rosbife em três colheres de óleo de girassol. Quando todos os lados do rosbife estiverem alourados, tira-lo do tacho. Acrescentar ao óleo alho cortado (seis dentes de alho por quilo de carne) e duas folhas de louro. Antes do alho começar a escurecer acrescentar ¾ de garrafa de cerveja. Deixar ferver até a cerveja perder o seu gosto inicial. Acrescentar um pacote de 250g de manteiga, cortada aos pedaços. Deixar a manteiga derreter. Baixar o lume, acrescentar o rosbife e deixar cozinhar durante 10 minutos. Retirar o rosbife e deixa-lo arrefecer.
Passar o molho por um passador.
Cortar o rosbife às fatias e aquece-las no molho antes de servir.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

O nosso Inquérito: José Maria Salgado.


Nome: José Maria Sande e Castro Salgado.
Cozinha muito frequentemente? Todos os dias.
Para quem? Essencialmente para os meus filhos e para mim. Normalmente quando cozinho para mim gosto de fazer experiências. Também gosto de cozinhar para os amigos.
Quando começou a cozinhar? Em adolescente, chegar a casa tarde, começar por fazer ovos mexidos ou estrelados, depois juntar o chouriço, por vezes o queijo, um pequeno salto para o bife etc.
Seguiu algum curso? Não, por inércia.
Há alguém que considere seu mestre? Não em particular, embora a minha mãe me tenha dado algumas luzes. Sou suficientemente curioso para ter em conta o que os outros fazem bem.
Livros de cozinha favoritos ? A velha Isalita, "Receitas - Vinte Melhores Restaurantes de Lisboa” da Polígno editores, os artigos que o Jorge Paixão escrevia para o Expresso. Coisas simples e baratas.
Qual é o prato que mais gosta de cozinhar? Perdiz estufada com manteiga de hortelã. Tento fazer sempre na noite do dia 24 de Dezembro.
O que cozinha mais frequentemente? Tento variar fazendo algumas misturas dos diversos tipos de cozinha. Gosto de tirar informações, experiências das várias cozinhas e fazer algo de novo.
Costuma aproveitar os restos de um prato que cozinhou e com eles fazer um novo prato? Não. Quando sobra congelo. Gosto sempre de fazer de novo.
Tem um produto favorito? Depende da inspiração.
Que tempero considera mais importante? Depende da inspiração.
Tempero mais excessivamente valorizado? Orégãos e louro.
Utensílio de cozinha mais indispensável? Facas bem afiadas.
Tem um utensílio que considere “pessoal” ou “favorito”? As facas. Exigem um cuidado especial na sua utilização.
Interessa-se pela aplicação de novas tecnologias na cozinha? Não. Por inércia, também.
Costuma consultar sites da internet dedicados a temas culinários? Não. Mas leio as receitas no Expresso, embora actualmente sejam um pouco rebuscadas.

Quais são as suas lojas favoritas para produtos alimentares e equipamento de cozinha? Gourmet do Corte Inglês e Dellidelux.
Prato favorito? Difícil. Entre o polvo à lagareiro, todos os pratos de bacalhau até ao borrego, a escolha é complicada.
E petisco? Uns bons caracóis (mas dos grandes) com sal e manteiga de alho.
Prato português favorito? Cozido à portuguesa.
Restaurante favorito? A repetição não me seduz. Gosto de variar. Um restaurante não é só o que se come.
Conselhos ou normas de sabedoria? Ainda estou a aprender.
Há alguma pergunta que gostaria que lhe fizéssemos? Restaurante que não goste? Todos os que são pretensiosos, escandalosamente caros e sem se preocuparem com a qualidade.
Uma das suas receitas favoritas:


Vermicelli com Camarão e Alcaparras.

Ingredientes: massa de arroz vermicelli, camarões, malaguetas, pimentos (amarelo, encarnado e verde) alcaparras, creme de yogurt, óleo de sésamo e de girassol, sal

Cortar os pimentos às tiras e a malagueta em pedaços pequenos
Escaldar o camarão e tirar as cascas
Colocar tudo no wok previamente aquecido com os óleos
Deixar cozinhar um pouco (10 m)
Retirar do wok (não aproveitar os óleos)
Demolhar a massa de arroz previamente a colocar numa panela (deixar demolhada durante 10 m)
Quando a água estiver a ferver dentro da Panela, desligar o lume e colocar a massa de arroz durante 4 minutos.
Retirar da água e colocar novamente no wok que tem de ser mantido quente (não se esqueça que deve tirar os óleos do wok), juntamente com os pimentos, os camarões , as alcaparras só depois juntar o creme de yogurt.
Depois sente-se à mesa e goze acompanhado de boa gente e boa pinga

Nota: se não gostar de camarão também pode experimentar lulas que deverão ser cortadas às tiras tal como os pimentos.

Enchidos variados com Compota Ácida de Pera.


Fazer uma compota com duas peras bem maduras, duas colheres de sopa de manteiga, duas colheres de sopa de açúcar, ¼ de chávena de vinagre de vinho branco, umas boas voltas do moinho de pimenta de Sechuan, seis bagas de cardamon verde esmagadas e seis bagas de zimbro esmagadas. Levar tudo ao lume e quando começar a ferver reduzir a temperatura de modo a que vá cozinhando muito lentamente até que todo o líquido tenha evaporado e se tenha chegado á consistência de uma compota. Passar por um passador largo para retirar as bagas.
Cortar os enchidos em rodelas e salteá-los rapidamente.
Servir como na foto ou sobre tostas.

Língua com Molho Gribiche (Klaus Gottschalk).


Num tacho com água fria pôr a língua, duas cenouras, um alho francês, uma cebola em que se espetou seis cravinhos, uma folha de louro, um cubo de caldo de galinha, uma colher de sopa de bagas de zimbro, sal e pimenta. Deixar levantar fervura sobre lume rápido, baixar o lume de modo a obter uma fervura mais tranquila e deixar cozinhar três (para a língua de vitela) ou quatro horas (se for língua de vaca).
Pôr a língua em água fria para arrefecer. Tirar a pele e a arreigada (parte branca, esponjosa e com nervos).Cortar às fatias e servir com batatas cozidas no vapor e Molho Gribiche.

Molho Gribiche:

1 copo de óleo de temperar salada;
1 colher de sopa de mostarda forte;
2 colheres de sopa de vinagre de vinho tinto;
1 colher de sopa de alcaparras em vinagre;
1 colher de sopa de cornichons, cortados fininhos;
1 ovo cozido finamente picado.
Preparar o molho uma hora antes de servir. Misturar a mostarda com o óleo e o vinagre. Acrescentar os demais ingredientes, sendo o ovo cozido o último. Levar ao frigorífico até servir.

O Foodie aplicado: "Braise", de Daniel Boulud e Melissa Clark.


“Braise – A Journey through International Cuisine”, de Daniel Boulud e Melissa Clark é uma maravilha de um pequeno livro. Sem grandes teorias, poucas fotografias, mas uma quantidade de receitas provenientes dos quatro cantos do mundo, acompanhadas de uma extraordinária pletora de pequenas notas sobre as técnicas e os produtos menos correntes nelas utilizados. Se alguns destes produtos podem ser difíceis de encontrar por estas bandas, a grande maioria das receitas não oferece qualquer problema desse género e, dado estarem muito claramente explicadas, parecem-me ao alcance de quem tenha um mínimo de vontade. Na introdução Boulud escreve que “…decidi que o meu objectivo nestas páginas seria concentrar-me no gosto em vez da aparência, e na autenticidade em vez de adaptação”. Lendo as receitas (ainda não fiz nenhuma) o objectivo parece completamente atingido. Sabem bem já ao ler e algumas parecem uma excelente base para desenvolvimentos pessoais. Não encontrei nenhuma receita do nosso país – tem uma de Feijoada. Mas é a brasileira.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Dos Arquivos de "Na Cozinha com Elas".


Maria João Seixas.




Habituada a realizar as mais brilhantes entrevistas que nos são dadas a conhecer, Maria João Seixas é absolutamente fascinante quando se invertem os papéis e fala de si. Sofisticada, muito sedutora, marca naturalmente o ritmo da conversa, trocando ideias, partilhando afectos. (TCD)

Há pessoas que parecem suportadas pelo espírito mais do que pelo corpo, em que a inteligência e a cultura são a verdadeira razão de estarem vivas. São aquelas para quem a elegância é apenas o seu modo mais real de ser, a generosidade e a alegria, mesmo em tempos de dor e de aflição, a sua verdadeira condição. Há pessoas que parecem ter nascido para nos fazer sentir melhores e mais humanos. (JGV).
(Foto de loiças: produção Gualter Santos).

Vichyssoise (Maria João Seixas).


3 alhos franceses;
1 batata;
50 gr. de manteiga;
1 maçã reineta;
1 copo de água com gás;
1 l de leite;
Sal e pimenta;
Cebolinho.

Corte às rodelas a batata e a parte branca dos alhos franceses e ponha a cozer com a manteiga, numa panela. Quando estiverem macios, misture a maçã, também partida às rodelas. Deixe arrefecer e passe tudo no mixer até ficar bem desfeito. Junte o leite e a água, misture bem e guarde no frigorífico durante 24 horas.
Antes de servir, deite por cima cebolinho cortado.
(Foto: produção Gualter Santos).

Linguinni com Gambas e Cogumelos (Maria João Seixas).


200 gr. de cogumelos variados;
100 gr. de bacon;
200 gr. de gambas;
200 gr. de rebentos de soja;
50 gr. de pinhões;
1 colher de sopa de azeite;
1 colher de chá de açafrão;
Salsa e coentros picados;
Sal e pimenta;
500 gr. de linguinni.

Corte os cogumelos em lâminas, o bacon em tiras finas e as gambas em rodelas.
Aqueça a Wok. Quando estiver bem quente, deite o azeite e salteie os cogumelos e os rebentos de soja sem deixar fritar. Junte o açafrão, a salsa e os coentros picados, as gambas e os pinhões.
À parte coza a massa em água abundante, temperada de sal, até ficar al dente.
Misture tudo no Wok e sirva de imediato.
(Foto: produção Gualter Santos).

Dry Martinis (Kathy's)


A Teresa (a T. do T.M.J.), o Marido e eu (o J.) somos adeptos ferventes de dry martinis. Não vou racionalizar porque realmente não vale a pena. Basta beber e torna-se uma evidência. Na nossa, infelizmente muito curta, lista de lugares favoritos para os ditos está o 5 Lounge, o bar do Four Seasons (ou seja, do Ritz) e o Kathy’s, o simpático restaurante do Zambujal de que já falámos. Este, para mim, é particularmente dilecto dado ficar quase à porta de casa.
Aproveitei o Zé, dono e gerente do Kathy’s, parecer estar hoje menos ocupado para lhe perguntar como tinha chegado a esta perfeição. Explicou-me que tinha aprendido a fazer dry martinis quando trabalhava como barman em barcos de cruzeiro de luxo nos EUA. O segredo seria a proporção da mistura: três gotas de Martini branco seco para cada dose de gin. Misturado num copo cheio de gelo e logo que chega à boa temperatura coado por um “strainer”. É preciso, disse, saber se o cliente prefere azeitonas ou um twist de limão. No primeiro caso espreme-se um pouco do sumo de uma azeitona para dentro do copo misturador. Com o limão, espreme-se o twist para dentro do copo ainda vazio em que vai ser servida a bebida e passa-se o twist pela sua borda.
Há surpresas que nos fazem pensar que a vida não é necessariamente assim tão má nesta terra que por demais vezes parece um concentrado contente de ignorância. Dry martinis perfeitos no Zambujal é certamente uma delas.
Restaurante Kathy’s. Estrada Nacional 379 (Estrada do Cabo Espichel). T: 212685512.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

O nosso Inquérito: Marilza Ferreira.



Nome: Marilza Ferreira.
Cozinha muito frequentemente? Bastante. Todos os dias.
Quando começou a cozinhar? Desde que tinha uns 10 anos. Apesar de ter começado muito cedo tive sempre vontade de aprender e com vontade a gente consegue.
Seguiu algum curso? Não.
Há alguém que considere seu mestre? Aprendi trabalhando nas casas das pessoas. As pessoas iam ensinando-me e eu fazendo.
Livros de cozinha favoritos? Não tenho. Mas às vezes tiro receitas das revistas.
Qual é o prato que mais gosta de cozinhar? Lasanha, Strogonoff. Mas só ao fim de semana.
O que cozinha mais frequentemente? O básico: arroz com feijão, uma carne, legumes.
Costuma aproveitar os restos de um prato que cozinhou e com eles fazer um novo prato? Costumo aproveitar.
O que é que tem sempre na sua dispensa (inclui frigorífico e freezer)? Às vezes nem tenho. Costumo comprar de véspera quando quero fazer um prato especial. Mas para o básico tenho quase sempre.
Tem um utensílio que considere “pessoal” ou “favorito”? Gosto das minhas colheres de pau. Ficam separadas do resto.
Quais são as suas lojas favoritas para produtos alimentares e equipamento de cozinha? Faço as compras mensais no Lidle mas quando preciso de mais qualquer coisa vou ao Pingo Doce.
Prato favorito? Strogonoff. Gosto mesmo.
E petisco? Adoro camarão.
Prato português favorito? Já comi Cozido à Portuguesa e gostei muito.
Restaurante favorito?Aqui? Fui ao “Frango da Guia” em Sesimbra e gostei.
Experiência gastronómica inesquecível: Fettuccine quer comi uma vez há muito tempo e que como não fiquei coma receita não sei fazer. Adorei.
Ódio (culinário, é óbvio) de estimação: Gosto de tudo. Não tem nada que eu não goste.

Conselhos ou normas de sabedoria? Pela receita a gente consegue.

Uma das suas receitas favoritas:

Lasanha

Cozo a massa da lasanha um pouco para amaciar. Depois boto no fundo da travessa. Faço um molho carne moída temperada com alho e cebola refogo, boto alho moído, caril, pimenta branca moída. Acrescento massa de tomate. Depois ponho várias camadas de molho e massa. Por cima queijo mozzarella, presunto e molho branco. Por cima de tudo um queijinho ralado. Depois vai ao forno.


Uma receita de “restos”:

Com sobras de legumes e carne: Refogo os legumes. Pico a carne e faço uma espécie de jardineira. Quando sobra também arroz faço bolinhos.

Codornizes de Escabeche.


Para quatro pessoas:

8 codornizes;
2 cabeças de alho;
1 anis estrelado;
1 pau de canela;
1 pedaço de gengibre fresco;
6 grãos de pimenta preta;
6 grãos de pimenta de Sechouan;
2 piripiri secos;
1 mão cheia de folhas de louro;
Sal;
Azeite e vinagre.

Aquecer o forno a 135º.
Lavar e secar as codornizes. Coloca-las numa panela que as possa acomodar numa só camada. Acrescentar as cabeças de alho, cortadas ao meio na horizontal, e os demais temperos. Cobrir completamente com uma mistura de 2 partes de azeite para uma de vinagre. O azeite deve ser do tipo tradicional, com um grau de acides elevado.
Levar ao lume e quando começar a tremer tapar e pôr no forno. Deixar cozinhar durante 90 minutos. Desligar o forno e deixar arrefecer dentro. Servir aquecido ou, prefiro, à temperatura ambiente. Servir com batatas cozidas ou, minha combinação favorita, com batata palha e Esparregado de Salsa.
(Foto: as codornizes prontas para serem cozinhadas).

Esparregado de Salsa.

Para quatro pessoas:

4 grandes, muito grandes, ramos de salsa;
½ chávena de natas,
Sal e pimenta.

Tirar as partes duras dos pés de salsa.
Cozer a salsa durante 3 minutos em água salgada a ferver vivamente. Passar a salsa cozida por água fria para interromper o processo de cozedura. Secar. O mais fácil é pôr a salsa dentro de um pano da cozinha e torce-lo até ter extraído a melhor parte da água.
Cortar grosseiramente a salsa cozida e processa-la com as natas num blender até obter uma massa homogénea. Temperar com sal e pimenta (neste caso prefiro branca). Aquecer sobre lume brando antes de servir.

Clafouti (João Canilho).




É uma receita francesa da região onde o João nasceu (Limousin), a meio caminho entre o bolo e o flã. As versões tradicionais são com cereja ou maçã, mas pode ser feita com pêssego, ameixas, pêra, banana ou mesmo com mistura de frutas.

200g de cerejas bem maduras (ou 3 maçãs);
5 ovos,
5 colheres de açúcar,
2 colheres de farinha;
1 pacote de natas,
Canela em pó caso a opção seja as maçãs (ou banana).

Lavar bem e descaroçar as cerejas. Caso se opte por maçãs, descasca-las e corta-las em fatias para tarte;
Numa forma de cerâmica ou vidro para bolos colocar as cerejas ou as maçãs. No caso de se optar pelas maçãs polvilha-las com canela;
Partir os ovos para um recipiente, juntar a farinha e mexer bem com a batedeira. Ir juntando as colheres de açúcar e as natas mexendo sempre;
Deitar o preparado sobre a fruta e levar ao forno a 180º durante 30 minutos. Acompanhar o processo de cozedura até ter a certeza que o bolo está bem cozido.

(De: “Segredos de Família” – edição particular).

Sabores da Rede: Chocolates.

Baseado no Reino Unido e com uma reputação firmemente estabelecida, Seventypercent.com (http://www.seventypercent.com ) é mais um site que fará as delícias dos chocoólatras. Proporciona acesso a uma “Chocopédia”, críticas de produtos e fabricantes e, além disso, a uma loja de onde se pode encomendar a partir de uma vastíssima escolha de chocolates da melhor qualidade. Tem ainda um fórum onde, depois de devidamente registado, cada um pode trocar impressões com almas gémeas entre as quais, ao que se diz, alguns dos mais conceituados especialistas mundiais.
Estou certo que os mais dedicados já estarão familiarizados com
http://www.chocolate-week.co.uk ,o site da “Chocolate Week 2007” que terá lugar de 15 a 21 do próximo mês de Outubro. Descrita pelos organizadores como “the biggest, most indulgent, chocolate celebration the UK has ever enjoyed”, o seu programa prevê conferências, provas, apresentações de novos produtos numa escala que deverá deixar satisfeitos mesmo os mais ávidos.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

O nosso Inquérito: Ana Raquel Silva.


Nome: Ana Raquel Silva.
Cozinha muito frequentemente? Cozinho muito frequentemente.
Quando começou a cozinhar? Comecei a cozinhar por volta dos 16 anos.
Seguiu algum curso? Nunca segui nenhum curso.
Livros de cozinha favoritos? Actualmente, livros de cozinha vegetariana.
O que cozinha mais frequentemente? Peixe, legumes e cereais.
Costuma aproveitar os restos de um prato que cozinhou e com eles fazer um novo prato? Costumo aproveitar os restos de um prato cozinhado, reaquecendo-o; normalmente não cozinho com eles um novo prato.
O que é que tem sempre na sua dispensa (inclui frigorífico e freezer)? Sempre na minha dispensa (inclui frigorífico e freezer): queijo, cenouras, courgettes, batatas, cebolas, farinha trigo integral.
Costuma consultar sites da internet dedicados a temas culinários? Ocasionalmente.
Quais são as suas lojas favoritas para produtos alimentares e equipamento de cozinha? hipermercado Continente, cooperativa Biocoop, Vidreira de Moscavide.
Prato favorito? Qualquer um com bacalhau.
E petisco? Saladas de legumes e cereais.
Prato português favorito? Bacalhau cozido com todos.
Restaurante favorito? Não tenho restaurante favorito, pois prefiro comer em casa.
A última vez que jantou fora, em que restaurante foi? O Barraqueiro (no Tramagal); é um restaurante médio, com uma lista de pratos de carne e peixe fixa e com prato do dia variável, mas sendo sempre carne!
Ódio (culinário, é óbvio) de estimação: Quando as receitas ficam mal e a comida tem que ir parar ao lixo.
Uma das suas receitas favoritas:

Lasanha de abóbora com frutos secos

800g abóbora;
4dl molho béchamel;
300g folhas lasanha;
0,5dl azeite; 60g passas;
60g amêndoas picadas;
1 cebola;
3 dentes alho;
200g queijo creme;
100g queijo mozarella ralado; s
Sal, pimenta, noz-moscada, manteiga q.b.

Cozer a abóbora, escorrê-la e reduzi-la a puré. Preparar o molho béchamel e reservar. Picar a cebola, os alhos e refogar no azeite coma as passas e amêndoas. Temperar de sal e deixar apurar um pouco.
No puré da abóbora, envolver o queijo creme e temperar de sal, pimenta e noz-moscada. Untar um recipiente refractário com manteiga. Dispor alternadamente o puré da abóbora (1ª camada), o refogado dos frutos secos, o béchamel e a lasanha até terminarem todos os ingredientes. Polvilhar com o queijo ralado.
Vai ao forno a 160º, cerca 30 minutos.

Croquetes de avelã


1 chávena flocos de aveia integrais;
1 chávena avelãs trituradas;
2 ovos inteiros batidos;
2 ou 3 colheres (sopa) leite ou nata;
1 cebola picada; 1 colher (sopa) molho soja;
Salsa picada e sal q.b.

Misturar todos os ingredientes numa taça.
Moldar bolinhas achatadas (a massa deve ficar meio seca) e fritar em óleo bem quente.

Rabanetes com Requeijão.




Temperar o requeijão com flor de sal com wasabi, mel, gengibre em pó, sementes de sésamo, Tabasco. Dosear as quantidades de modo a evitar que qualquer deles fique excessivamente dominante, aproximadamente uma colher de chá de cada, um pouco mais de mel, para uma embalagem de requeijão. O resultado final deve ser simultaneamente doce, salgado e picante.
Servir como na foto ou sobre tostas.

Lombo de Novilho com Mostarda em Grão (Manuel Murteira Martins).


Para 6 pessoas:
1, 2 quilos de lombo de novilho;
1 pacote de 250g de manteiga com sal;
1 embalagem de mostarda em grão (moutarde à l’ancienne).

Três horas antes de começar a cozinhar, abrir o boião de mostarda e deixar respirar.
Aquecer o forno a 220º.
Cortar a manteiga em pequenos cubos e coloca-los num tabuleiro de ir ao forno.
Barrarar com mostarda um dos lados do lombo. Deitar o lombo sobre esse lado no tabuleiro com a manteiga. Barrar com a restante mostarda os outros lados e os topos do lombo.
Levar ao forno durante 25 minutos.
Retirar do forno e deixar descansar até que esteja relativamente frio. Cortar às fatias. Volta ao forno de 3 a 5 minutos, conforme o grau de cozedura que se pretenda, antes de se servir.

Acompanha com Batatas Abafadas, cuja receita vem a seguir.

Batatas Abafadas (Zilda Cufos).

Corta-se as batatas às rodelas e põem-se a cozinhar, tapadas, com uma boa quantidade de manteiga, sobre lume brando.
Salteia-se échalotes e alho em azeite até ficarem desfeitos mas sem deixar colorir.
Quando as batatas estiverem bem moles, junta-se a mistura de échalotes, tapa-se e deixa-se continuar a cozinhar mais cinco minutos. Tempera-se com sal e pimenta.

Sabores da Rede: Cacao Web.

Não serão só os chocoólicos confessados que ficarão a babar com Cacao Web. http://www.cacaoweb.net/
Ali se encontra não só muita informação sobre cacaus e chocolates como receitas de bolos e guloseimas mas também de todo o género de salgados em que o chocolate entra.” Chili com chocolate” (“Chocolate com Pimenta” , lembram-se?) é uma que prende a imaginação. Mas muito mais há. Além de receitas, oferece também uma bela e muito completa bibliografia. E sabendo-se quão terapêutico pode ser o chocolate nem é necessário ficar por ali a morrer de remorsos.

O Foodie aplicado: "Mariscos, os frutos do mar", de Mário Varela Soares.


Uma questão que me ponho frequentemente quando estou numa livraria é “quantas, dos milhares de receitas que esta inundação de livros de culinária representa, chegam a ser alguma vez cozinhadas?”. Possivelmente muito poucas, parece-me ser a resposta certa, a maioria do que é editado sendo sobretudo “food porn” ou “gastro porn”, conforme queiram. Mais para a mesa em frente do sofá do que para a banca da cozinha. Extraordinárias iguarias maravilhosamente fotografadas, mas tendo mais a ver com a centerfold do Playboy do que com o que quer que seja, ia a dizer “que se coma” mas aí parece-me estar a ficar muito perto das tábuas.
Os livros da Colares Editora são o oposto desta tendência: parcamente ilustrados, carregados de informação, parece óbvio que se destinam a quem pretende aumentar os seus conhecimentos, demarcando-se da multicolorida e brilhante produção destinada ao apetite infindo da nova tribo daqueles que de um dia para o outro deram por si a “adorar” tudo quanto tenha a ver com cozinha, sobretudo se for design.
Tudo isto a propósito de “Mariscos, os frutos do mar” de Mário Varela Soares. Um variado repositório de receitas que, bem usado, poderia ajudar a eliminar um dos mais tristes mistérios deste país: tendo nós tão bom peixe e marisco e uma tradição culinária tão rica, porque será que (tanto nos restaurantes como na maioria das famílias) se cozinha com tamanha falta de imaginação e de ambição?
As receitas do livro parecem-me suficientemente detalhadas e claras para que qualquer um minimamente adepto da persuasão culinária as possa realizar sem problema. E, na verdade, dá tanto trabalho fazer um prato delicioso como destruir géneros que à partida eram de pasmar. Vamos a isto?

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Responda k nós blogamos: E gelados???

Melhor (mais destressante ainda acho eu mas ele há quem classifique isto de “regressivo”) do que deixar passar uma noite refastelado, inteiramente entregue a uma pizza gigante, com umas cervejas, a ver futebol, é só mesmo ficar até às tantas com um daqueles Häagen-Dazs de Doce de Leite a ver toda uma série de “Sete Palmos de Terra” em DVD. Daí a pergunta desta semana: E gelados. Como é???

Ana Santana Carlos (gestora do lar, Lisboa) – Gosto. De limão sobretudo. Os melhores são os que faço em casa com a Bimby. Ou então os de pauzinho da Olá.

Angélica Martins (contabilista, Coruche) – Adoro. Gosto de todos os sabores. Os meus favoritos são os da Häagen-Dazs mas costumo comprar também de outras marcas. Nunca como uma daquelas embalagens grandes de uma vez, sozinha. Gostava…

Diogo Leite de Castro (arquitecto, Lisboa) – Sem ser grande entusiasta, gosto. Antes gostava muito dos Santini, sobretudo o de limão, em Cascais. Se fosse ao supermercado comprava Häagen-Dazs ou Baskin and Robbin’s. Gosto mais de iogurte gelado – não engorda.

Gonçalo Couceiro (engenheiro, São Brás de Alportel) - Gosto. Faço sempre em casa com as frutas da época. O último que fiz foi de nêspera. Óptimo mas dá muito trabalho porque se tem de descascar e tirar o caroço das nêsperas.

Inês Coelho (jornalista, Lisboa) – Adoro. O melhor é o de framboesa do Santini ou do Ben and Jerry’s. Por vezes compro caixas grandes no supermercado e como-as inteiras sozinha. Principalmente quando estou sem namorado.

Isabel Lopes da Silva (antiquária, Lisboa) – Gosto imenso de gelados. O meu favorito é o de maracujá. Infelizmente só o costumo comer nos restaurantes, sobretudo em França onde é muito corrente.

Lino Gonçalves (empresário, Coruche) – Gosto de gelados. O meu favorito é o de hortelã que amigo meu costuma fazer. No supermercado compro Häagen-Dazs. Sim, já comi uma embalagem grande inteira a ver televisão.

Manuel Silveira Botelho ( advogado, Lisboa) - Os melhores são os do Santini que agora também se encontram em Lisboa, no Centro Comercial Acqua Roma. O meu preferido é de morango.

Maria da Conceição Leão (bibliotecária, Lisboa) - Não gosto de gelados nem de comida gelada. O meu limite são bavaroises.

Maria Filomena Cabral de Melo (antiquária, Lisboa) – Não, porque engorda imenso. Por isso desisti de comer gelados já há anos e agora já nem sei o que isso é.


Maria Helena Borges (bibliotecária, Lisboa) - Gosto de gelados do Santini e Häagen-Dazs. De todo o modo o meu favorito continua a ser o de maracujá do saudoso Sunny Bar, no Funchal.

Maria João Silveira Botelho (funcionária pública, Lisboa) - Os gelados que mais gosto são de macadamia com nozes caramelizadas da Hagen Dazs.

Maria Rui (empresária, Campo d’Ourique) – Adoro gelados. De verão, de Inverno, nas Quatro Estações. Os melhores são os do Santini. Compro por vezes no supermercado Häagen-Dazs ou Carte d’Or. Nunca comi sozinha uma embalagem inteira. Mas bem me apetece.

Miguel Chalbert Santos (arquitecto, Lisboa) – Gosto. Não posso comer mas gosto. Quando compro para os outros, compro Häagen-Dazs.

Miguel Sá Fernandes (cenógrafo, Funchal) – Adoro sorvetes. O meu favorito é “sorbet” de limão. Por vezes comprava no “Pingo Doce” mas acho-o doce demais. Por isso prefiro o feito em casa.

Mito Pinto Ferreira (agricultora, Lisboa) – Adoro gelados. Favoritos são os de limão e framboesa da Santini. Sempre fiz gelados em casa mesmo antes de ter a Bimby. O melhor é o sorvete de limão. Como gelados todo o ano e em qualquer circunstância (às refeições ou fora).


Nuno Ruiz (advogado, Lisboa) - Da infância, sempre, gelado de pistáchio. Agora, gelado de canela e de café.

Nuno Silvestre ( engenheiro informático, Lisboa) - Gosto e como de gelados todo o ano. Os de baunilha do Lidl são muito bons como base para sobremesas. A Conchanata na Av. de Roma é sempre óptima. Também gosto de fazer sanduiches com wafers e gelado.

Paula Will (pintora, Silves) – Não gosto muito. Nunca fui muito de sorvetes mas houve uma altura em que fazia muitos para as crianças.

Paulo Marques (gestor, Meco) – Adoro. O melhor é o de tangerina com champagne que um amigo meu faz. No supermercado compro geralmente Häagen-Dazs. Nunca comi sozinho uma embalagem inteira.

Teresa Mendes ( prestadora de serviços, Lisboa) - Adoro sorvetes!!! De Verão e de Inverno. De todos os sabores ...mas de café, chocolate, morango e framboesa, deixam-me louca!

Ulf Mohr – (antiquário, Lisboa) – Sim, gosto. Como gelados todo o ano. O meu favorito é o de morango da Häagen-Dazs.

Vera Marques (advogada, Lisboa) - Gosto muito de sorvete de morango. Prefiro os feitos em casa.

Ovos em cocote com Camarões (Manuel Murteira Martins).


Para 6 pessoas:
18 camarões médios, descascados, limpos e cortados ao meio;
6 ovos,
300ml de natas;
3 cabeças de alho grosseiramente picadas;
3 colheres de sopa de manteiga.

Aquecer o forno a 240º.
Cozinhar os camarões em manteiga até que fiquem rosados. Retirar da manteiga e reservar. Passar a manteiga por um passador para retirar os pedaços de alho. Juntar a manteiga aos camarões.
Ferver brevemente as natas.
Com um pouco da manteiga dos camarões untar seis formas individuais. Dividir os camarões e as natas pelas formas. Pôr um ovo em cada uma e temperar com sal e pimenta. Levar ao forno durante 4 minutos.

Bavaroise de Manga com Molho de Frutos Silvestres (Zilda Cufos).

8 folhas de gelatina branca;
200g de açúcar;
1 lata de polpa de manga (800g).
1 litro de natas.

Demolha-se e põe-se a escorrer a gelatina.
Aquece-se a polpa de manga com o açúcar. Junta-se a gelatina e mexe-se até ficar dissolvida. Junta-se as natas.
Enforma-se e vai ao congelador durante seis horas.
Para desenformar passa-se a forma por água quente.

Para o molho:

300g de frutos silvestres,
1 copo de água;
2 colheres de sopa bem cheias de açúcar.

Leva-se a água e açúcar a fervura sobre um lume rápido. Acrescenta-se os frutos silvestres. Deixa-se ferver até que estes comecem a rebentar mas antes que percam a forma. Deixa-se arrefecer antes de servir.

Os Restaurantes do Meco: a nossa escolha.


Os restaurantes do Meco, como a grande maioria dos da nossa costa, têm muito mais a ver com os da Mealhada do que se poderia imaginar à primeira vista. Dependendo de um produto único (peixe e marisco) e com ementas iguais em todos eles, não estarão tão longe do que de mais monótono a capital do leitão nos oferece.
Além disso têm de enfrentar uma excessiva diferença de afluxo de clientes nas diferentes épocas do ano e mesmo entre os fins de semana e demais dias, o que os torna realmente “bipolares”: simpáticos e com uma cozinha aceitável durante a semana, quando estão quase desertos, tornam-se verdadeiros infernos ao fim de semana e durante o Verão. Aparentemente sem remorsos em explorar o masoquismo que nos caracteriza, cada um parece empenhado com uma intensidade de atleta olímpico em oferecer uma ementa exactamente igual à dos demais.
Sendo assim, a escolha entre uns e outros torna-se por vezes irrelevante. Aqui vai, contudo, a nossa selecção baseada em três factores: localização, ambição, relação qualidade/preço.
O Bar do Peixe (Praia do Moinho de Baixo, t: 21 268 47 32, encerra à 3ª fora da estação balnear) tem uma localização imbatível, mesmo em cima da praia, por vezes com o mar a chegar quase à sua esplanada. Tanto como um restaurante é um dos centros da vida do Meco e as suas festas durante o Verão são famosas. Tem uma óptima escolha de peixe, geralmente grelhado na perfeição, alguns bons petiscos. O serviço é garantido por uma sorridente equipe de cariz internacional. As caipirinhas são muito boas e é o lugar ideal para ir ver o sol pôr-se durante o ano inteiro.
A praia que lhe cabe é uma das mais civilizadas que conheço neste país, senão a mais civilizada. Com dois excelentes massagistas e, sobretudo, o Denis que além de banheiro assegura sempre com o maior sorriso um impecável serviço de bar. Um luxo, realmente, poder petiscar à sombra de um guarda sol uma pratada de camarões com um rosé super gelado.
O Pinhal (t:21 268 33 23, fecha à 5ª.) é o mais ambicioso. Toalhas e guardanapos de tecido de um branco imaculado, um aquário com lagostas e outros monstros marinhos e uma garrafeira muito completa. A escolha de peixe e marisco é mais abrangente do que em qualquer outro. A cozinha é a mais cuidada da região e o atendimento (tanto do dono, como do João Miguel, seu filho, e do famoso Senhor Zé) muito agradável e competente. O seu Arroz de Marisco é justamente celebrado. Uma das minhas lembranças de paraíso é estar sentado em pleno Inverno na esplanada do Pinhal a comer umas ostras deliciosas acompanhadas de um branco excelente. Não se encontra melhor.
O Tropical do Meco (Rua do Comércio, 28. T: 212 683 398 / 965 175 714) tem a melhor relação qualidade/preço da Aldeia. Popular não só com os turistas como com os locais que o enchem frequentemente para alegres e ruidosas celebrações ou para assistirem a jogos de futebol na televisão. Eleito por um grupo de amigos meus o melhor lugar para assistir o ano passado aos jogos da Copa do Mundo. O serviço é bem no espírito do lugar: ultra-simpático e tão eficiente quanto as circunstâncias o permitem, assegurado pelos dois filhos da casa, o Sérgio e o Hugo, ajudados pelo romeno Cris, incrivelmente acolhedores e cordiais. De Verão parte do estacionamento serve de extensão da esplanada transformada num bar animado e muito boa onda. Pratos favoritos: mexilhões de cebolada e as cataplanas quando a Dona Isabel, dona e chefe da cozinha, está de bom humor.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

O nosso Inquérito: Iolanda Valente Sousa.


Nome: Iolanda Valente Sousa.
Cozinha muito frequentemente? Confesso que não… não porque não saiba mas porque a senhora minha mãe tem muito talento culinário… e eu provo!!!
Quando começou a cozinhar? Era eu uma pequena moçoila e já ajudava a fazer bolos e a rapar a tigela.
Seguiu algum curso? Não.
Há alguém que considere seu mestre? Vários… O meu pai para petiscos e marisco, a minha mãe para tudo o resto e não posso esquecer, três amigas, que fazem verdadeiras maravilhas para jantares descontraídos, onde a simpática conversa e o bom vinho são sempre convidados!
Livros de cozinha favoritos? Uma agenda feminina antiga da minha mãe com imensos truques e receitas… de bolos!
Qual é o prato que mais gosta de cozinhar? Estou no meu período massas… antes era o bacalhau.
O que cozinha mais frequentemente? Como não cozinho frequentemente… depende… da conjectura “dispensal” e “frigorifical”.
Costuma aproveitar os restos de um prato que cozinhou e com eles fazer um novo prato? Quando sobra, sim… nada se perde, tudo se transforma!!!!
O que é que tem sempre na sua dispensa (inclui frigorífico e freezer)? A dispensa não é minha e o frigorífico também não!!! ;)
Tem um utensílio que considere “pessoal” ou “favorito”? Sou fã do Salazar, aquela espátula que não deixa ficar nadinha.
Costuma consultar sites da internet dedicados a temas culinários? Ainda não.
Quais são os seus sites favoritos? Não tenho, mas tenho espreitado este… conta, não conta, Teresa??
Quais são as suas lojas favoritas para produtos alimentares e equipamento de cozinha? Sou muito prática, o que significa grandes superfícies.
Prato favorito? Só um? Caril de galinha com quiabos, acompanhado de uma mistura de farinha de milho e de mandioca.
E petisco? Nesta altura… uns caracóis bem feitos.
Prato português favorito? Bacalhau com natas.
Restaurante favorito? Sou fã do Tamarind…tem um atendimento 5 estrelas, comida muito bem confeccionada… e os sabores e cheiros indianos atraem-me!!!
Experiência gastronómica inesquecível: Ora bem… não vou esquecer, por várias razões, o menu degustação que experimentei no Olivier, do Bairro Alto. Estava tudo delicioso e por ter sido diferente do habitual merece ser destacado.
A última vez que jantou fora, em que restaurante foi? O Everest Montanha, de cozinha nepalesa. Adoreiiii, e não me perguntem os nomes dos pratos… é bom… é o que interessa. Deixo um conselho: ide cedo… é restaurante para encher e encher!!!
Ódio (culinário, é óbvio) de estimação: ódio… ódio não tenho… porém, detesto azeitonas.
Conselhos ou normas de sabedoria? Ainda sou uma aprendiz… não posso ensinar nada.
Há alguma pergunta que gostaria que lhe fizéssemos? Se o que cozinho é comestível. É, efectivamente, come-se… e há quem repita!
Uma das suas receitas favoritas:

Gostava de dar uma receita original mas…o que se arranja é uma base simples de carne picada feita com azeite, alho, orégãos, polpa de tomate, ketchup, cogumelos, e pedaços de queijo, que temperada com sal e pimenta, utilizo para a lasanha ou num empadão.

Uma receita de “restos”:


O meu lado Filipa Vá com Deus avisa que faço tudo a olho.
Quiche de frango


1 pacote de massa folhada (sem ser esticada), pedaços de peito de frango, ovos q.b. (dependem da quantidade de frango e do tamanho da tarteira… mas não mais de 8),1 pacote de natas, um pouco de bacon, queijo aos pedaços e ralado, sal e pimenta q.b.

Batem-se os ovos, juntam-se as natas, tempera-se a gosto e juntam-se os pedaços de queijo e de frango e de bacon.

Estica-se a massa (faz bem aos músculos) unta-se a tarteira e forra-se com a massa. Depois é só juntar o recheio e salpicar de queijo ralado e vai ao forno pré-aquecido. Convém que não esteja muito quente para, lentamente, a massa subir e o recheio cozer.

De referir, que em vez de frango, pode levar a carne que quiserem, ou mesmo sem carne, fica bem com alho francês e cenoura.

Ouriço (Ana Pestana).


Numa abóbora grande, corte uma rodela à volta do pé de modo a poder encaixar uma taça com azeite, orégãos temperados com sal e pimenta. Espete quadrados de queijo mozarella e tomares cereja num palito e vá dispondo à volta da abóbora. Está pronto e o efeito é espectacular!

Bolo Rápido de Maçã (Valéria Costa Pinto).


Para comer quente com sorvete.
1 ovo inteiro;
1 xícara de açucar;
1 colher de sopa de manteiga.
Misturar bem.
Acrescentar:
1 xícara de farinha;
1 colher de sobremesa de fermento;
4 maçãs cortadas em pedaçinhos.
Untar a forma com manteiga.Colocar tudo na forma e polvilhar com açucar e canela. Levar ao forno (pré-aquecido) por 15 a 20 minutos.
Bon Apetit!

De babar: Quatro Patés de Caça.


Uma embalagem com quatro patés de caça (javali, lebre, perdiz e veado) é só por si suficiente para fazer tremer de antecipação qualquer glutão que se preze. Há sempre o perigo da expectativa se revelar excessiva. Mas não foi de todo ocaso com estes patés “do Bosque” (Companhia das Águas da Fonte Santa de Monfortinho). Excelentes. Com um gosto marcado, textura certa. Bom sinal: os amigos que vieram jantar e que os despacharam como aperitivo, embora de acordo sobre serem excelentes não coincidiram no que toca a favoritos. A dúvida vai perdurar porque ficou pouco que possa vir a servir de tira teimas.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Dos Arquivos de "Na Cozinha com Elas"


Alexandra Lencastre

O encontro ficou marcado para a Estalagem da Guia, no Guincho. Alexandra Lencastre chegou, e a empatia foi imediata: falou de si e das suas filhas, das receitas e do gosto em decorar a mesa, do prazer em receber os amigos; fez perguntas, deu sugestões e nós, absolutamente encantados, com tamanha simpatia e profissionalismo. Sei que estava elegantíssima nos seus jeans, camisa encarnada e casaco azul e lembro, também, que o tempo passou a correr. (TCD)
Fala-se de caras, de pessoas, que as câmaras amam. Alexandra Lencastre é o exemplo mais perfeito que conheço. A câmara, as lentes, adoram-na. Literalmente. E estaria pronto a apostar que ela está plenamente consciente dessa relação. Daí a facilidade, mais do que isso, a festa que é fotografa-la. De um lado uma mulher belíssima, do outro toda uma maquinaria que parece ter sido concebida apenas para celebrar aquela beleza. (JGV)

Pimentos Recheados (Alexandra Lencastre).

6 pimentos verdes;
120 gr de queijo fresco;
2 ovos;
3 chilis frescos;
1 ramo de coentros;
Sal;
pimenta preta, acabada de moer;
1 cebola;
3 dentes de alho;
2 colheres de sopa de azeite;
600 gr de tomates;
1 folha de louro.


Lavar os pimentos, cortar o pé, abrir uma tampa e tirar as sementes.
Numa tigela bater o queijo com os ovos.
Picar os chilis, depois de lavados e de se lhes tirar as sementes.
Picar igualmente os coentros.
Misturar os chilis e os coentros com o queijo e temperar com sal e pimenta.
Rechear os pimentos com esta mistura.
Picar muito bem a cebola e o alho. Refogar no azeite, em lume brando, até a cebola ficar meio transparente.
Pelar os tomates e tirar-lhes a sementes. Corta-los depois em cubos. Junta-los ao refogado, com a folha de louro. Temperar com sal e pimenta. Deixar apurar no tacho tapado durante cinco minutos.
Colocar os pimentos em cima deste puré, tapar o tacho e deixar cozinhar durante cerca de trinta minutos.
Enfeitar com algumas folhas de coentros antes de servir.

(foto: produção Gualter Santos).

Laranjas Recheadas (Alexandra Lencastre).


6 laranjas;
2 dl de vinho branco;
100 gr de açúcar;
8 folhas de gelatina branca;
2 ovos;
folhas de hortelã;
morangos (ou outro fruto da época) para guarnição.

Abrir as laranjas ao meio.
Espreme-las com cuidado, de modo a não estragar a casca.
Com uma colher limpar o interior das laranjas.
Juntar o vinho branco com o sumo das laranjas e o açúcar. Levar ao lume para aquecer mas sem deixar ferver.
Amolecer a gelatina em água quente. Escorre-la cuidadosamente. Junta-la ao sumo e mexer bem até que se dissolva.
Retirar a mistura do lume e deixar arrefecer.
Juntar as gemas ao líquido já morno, mexendo até que se tenha obtido uma mistura homogénea. Pôr no frigorífico cerca de trinta minutos, até que comece a ficar sólida.
Bater as claras em castelo e mistura-las com a gelatina.
Encher as laranjas com este preparado e leva-las ao frigorífico até que o recheio fique bem firme.
Antes de servir decorar com as folhas de hortelã e os morangos ou outro pequeno fruto da época.
(Foto: produção Gualter Santos).

O Foodie esclarecido: Tomate Seco em Azeite de José Carlos Martins Nunes.


Fico sempre entusiasmado, a babar mesmo, quando encontro mais um produto português com qualidade para competir no mercado internacional. Assim o tomate seco em azeite preparado por José Carlos Martins Nunes, na Branca (Coruche). Novo vindo a uma série de produtos que nos faz honra, composta essencialmente por uma diversidade de cogumelos secos, tão bons como os melhores. Já tinha utilizado o tomate seco daquele produtor que tinha achado comparável ao italiano. A versão em azeite será certamente uma alegria para quem cozinha.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

O nosso Inquérito: Sónia de Andrade e Silva.


Nome: Sónia de Andrade e Silva.
Cozinha muito frequentemente? Sim.
Quando começou a cozinhar? Quando comecei a viver sozinha.
Seguiu algum curso? Não. Infelizmente! Um destes dias...Sim! Mais tarde ou mais cedo, hei-de tirar um curso de culinária e um de enologia. Gostava muito de me poder dedicar à cozinha, profissionalmente: como cozinheira ou crítica gastronómica.
Há alguém que considere seu mestre? Sim. O meu ex-namorado. Foi ele que me iniciou nas artes culinárias e é ele que me tira as dúvidas.
Livros de cozinha favoritos? Os da Maria Odette Cortes Valente e um de receitas exóticas (que veio com a revista Activa, parece-me).
Qual é o prato que mais gosta de cozinhar? Lentilhas com espinafres e muitas especiarias.
O que cozinha mais frequentemente? Chili mexicano.
Costuma aproveitar os restos de um prato que cozinhou e com eles fazer um novo prato? Quando estou inspirada, sim, mas, normalmente, não!
O que é que tem sempre na sua dispensa (inclui frigorífico e freezer)? Muitas especiarias (gasto fortunas!!!!), nomeadamente, cominhos, que adoro e ficam sempre bem!
Tem um utensílio que considere “pessoal” ou “favorito”? Um pilão, que uma amiga me trouxe da Tunísia.
Costuma consultar sites da internet dedicados a temas culinários? Sim.
Quais são os seus sites favoritos? recipedelights.com, vaqueiro.pt
Quais são as suas lojas favoritas para produtos alimentares e equipamento de cozinha? Lojas chinesas e indianas.
Prato favorito? Entre açorda de marisco e feijoada à brasileira, a escolha fica muito difícil!
E petisco? Adoro enchidos.
Prato português favorito? A já mencionada açorda de marisco, entre outros pratos, porque (para meu grande mal) não sou nada esquisita (em relação à comida. Estamos a falar de comida!!!).
Restaurante favorito? Não tenho preferência por nenhum, em particular. Gosto de variar!

Experiência gastronómica inesquecível: Almoçar (não consegui mesa, à noite), no Fifthteen, do Jamie Oliver, em Londres. Delicioso! Só de pensar, fico cheia de água na boca!
A última vez que jantou fora, em que restaurante foi? No “Velho Mirante”, na Pontinha. Come-se lindamente (tem uma morcela assada de morrer!!!!), todos os pratos são muito bem confeccionados, as doses são boas (sim, porque eu sou uma rapariga de muito alimento!), o espaço é agradável...enfim, é um restaurante que recomendaria aos meus amigos.
Ódio (culinário, é óbvio) de estimação: Descascar (frutas, legumes, tubérculos, enfim...tudo o que envolva tirar a pele! Não tenho lá muito jeito e tenho medo de me cortar.)
Conselhos ou normas de sabedoria? Todos os transmitidos pelo Jamie Oliver! Eu, simplesmente, adoro o Jamie!!!! Amo de paixão... Ele faz com tudo, na cozinha, pareça tão fácil, para além, claro, de ser muito engraçado e simpático!
Há alguma pergunta que gostaria que lhe fizéssemos? Quer que ainda responda a mais alguma coisa?
Uma das suas receitas favoritas:

Massa com salmão (É uma receita muito simples e rápida de fazer e, devo dizer, que faz “1 vistão”!)

Ingredientes:
1 embalagem média de salmão fumado (cerca de seis fatias)
1 embalagem de massa (à escolha)
1 pacote de natas
sal pimenta preta moída

Preparação:
Ponha água e sal num tacho ao lume e quando levantar fervura, junte a massa. Deve cozer até ficar “al dente”
Numa frigideira à parte, leve ao lume um pacote de natas com pimenta preta. Não junte sal, porque o salmão fumado já tem.
Corte em pedaços pequenos o salmão fumado e junte as natas que estão ao lume. Deixar apenas levantar fervura.
Envolva a massa neste preparado. Servir quente!


Uma receita de “restos”:


Tarte de carne.

Ingredientes:1 embalagem de massa quebrada para tarte4 ovos 200g de queijo 2dl de natas2 tomates, sal, pimenta e oregãos q.b. Preparação: Forre uma forma de tarte com a massa. Coloque no fundo a carne cortada aos pedacinhos. Bata os ovos com as natas e adicione o queijo cortado às fatias finas. Tempere com sal e pimenta e deite na forma sobre o presunto. Leve a cozer em forno quente e, a meio da cozedura coloque o tomate pelado e partido às rodelas sobre a superfície da tarte.Deixe acabar de cozer e polvilhe com oregãos.

Borrachões (João Canilho).




Esta é uma receita de biscoitos da Beira Baixa que recorre ao azeite e à aguardente.

500g de açúcar amarelo;
2,5dl de aguardente ou outra bebida alcoólica forte;
2,5dl de azeite;
3 ovos;
Farinha sem fermento;
Canela em pó;
1 pitada de sal grosso.

Bater bem o açúcar, o azeite, a aguardente, os ovos e a pitada de sal;
Ir juntando a farinha e, com as mãos, ir amassando a massa até esta estar pronta para estender;
Estender bocados de massa com o rolo obtendo uma base de meio centímetro de altura;
Cortar os biscoitos com uma forma ou copo, colocando-os num tabuleiro untado e com farinha para levar ao forno;
Polvilhar os biscoitos com açúcar e canela;
Pré-aquecer o forno a 220º e colocar o tabuleiro cerca de 30 minutos vigiando os biscoitos para que não se queimem;
Depois de arrefecidos guardar os biscoitos numa lata ou frasco fechado hermeticamente.

"Pastilla au lait" (Tita Sarmento):


10 rodelas de massa brick
½ l. de leite
125 gr. de açúcar
5 gemas
2 colheres de sopa de farinha de arroz
2 paus de canela
1 vagem de baunilha
150 gr. de amêndoa , sem pele, frita e ralada grossa
Frite em óleo as rodelas de massa aos pares.
Deite o açúcar e os paus canela no leite e ferva. À parte, misture as gemas com a farinha de arroz e a vagem de baunilha. Nesta mistura vá deitando, lentamente, o leite quente, mexendo sempre. Leve ao lume muito baixo, a engrossar, sem deixar ferver. Deixe ficar frio.
Num prato, coloque as primeiras rodelas 6, barre com o creme e polvilhe com as amêndoas. Repita com as restantes 4 rodelas e acabe com creme e as amêndoas. Deve fazer esta sobremesa imediatamente antes de servir o jantar para as rodelas de massa permanecerem croquantes.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

O nosso Inquérito: José Guilherme Macedo Franco.

Nome: José Guilherme Macedo Franco.
Cozinha muito frequentemente? Sim, diariamente.
Quando começou a cozinhar? Aos 20 anos.
Seguiu algum curso? Não.
Há alguém que considere seu mestre? O apetite.

Livros de cozinha favoritos? Não uso.
Qual é o prato que mais gosta de cozinhar? Pratos que gosto e que não encontro nos restaurantes: caril de peixe, manta de perdiz.
O que cozinha mais frequentemente? Caril de peixe.
Costuma aproveitar os restos de um prato que cozinhou e com eles fazer um novo prato? Sim.
O que é que tem sempre na sua dispensa (inclui frigorífico e freezer)?Pão, atum, massas, queijos.
Tem um utensílio que considere “pessoal” ou “favorito”? Os meus utensílios são todos favoritos. Quando cozinho com a palamenta de outros nunca fica tão bom como de costume.
Costuma consultar sites da internet dedicados a temas culinários? Não. Só de restaurantes.
Quais são os seus sites favoritos? Os sites dos restaurantes onde planeio ir jantar.
Quais são as suas lojas favoritas para produtos alimentares e equipamento de cozinha? Mercados Abastecedores. O equipamento da minha cozinha é património afectivo e estável.
Prato favorito? Osso buco.
E petisco? Camarões Tigre à Alentejana.
Prato português favorito? Favas com entrecosto e filetes de peixe-galo.
Restaurante favorito? Buenos Aires pela ementa, exceptuando o publicitado bife argentino e, ainda, pelo ambiente cosy no Inverno, pela vista da esplanada, ambiente fantástico no Verão, cheio de mulheres bonitas, nunca vistas em lado nenhum, emprestando a sensação de se estar de férias.
Experiência gastronómica inesquecível: Pato à Pequim em Puerto Banus.
A última vez que jantou fora, em que restaurante foi? La Moneda. O chefe é colombiano e faz cozinha tipo fusão. Ao fim de semana, aquece e …vira rave.
Ódio (culinário, é óbvio) de estimação: O cheiro a manteiga.
Conselhos ou normas de sabedoria? Não temperar em demasia no início da confecção, não usar pyrex e sim refractários que custam menos a lavar; nas carnes grelhadas deitar o sal só quando a carne começa a largar o sangue.
Há alguma pergunta que gostaria que lhe fizéssemos? Qual é o seu tempero favorito? Cerefólio e cebolinho, que utilizo em quase tudo.
Uma das suas receitas favoritas:

Carbonara à minha maneira.
Refogar cebola muito picada junto com as fatias de bacon cortadas em fatias de 1cm e 1 a 3 piripiris. Quando apurado juntar o spaghetti cozido al dente.

Uma receita de “restos”:

Manta de “Restos”.
Untar ligeiramente com manteiga um pirex, ou um refractário e, de seguida forrar à volta com fatias de bacon.
Encostar ao bacon fatias de pão de forma, da véspera, passadas por ovo batido.
Derramar os restos (estufado de frango, perdiz, etc) e fazer um tampo com as fatias de pão também passadas por ovo.
Vai ao forno. Tirar quando o bacon estiver a gosto