quarta-feira, 9 de maio de 2007

O nosso Inquérito:Maria Helena Melim Borges.


Nome: Maria Helena Melim Borges.
Cozinha muito frequentemente? Já cozinhei mais…
Quando começou a cozinhar? Quanto me mudei para a minha própria casa, aos vinte e poucos anos.
Seguiu algum curso? Segui os ensinamentos da minha mestra.
Há alguém que considere seu mestre? A minha Tia Diva.
Livros de cozinha favoritos? Pantagruel .
Qual é o prato que mais gosta de cozinhar? Arroz (e também compotas).
O que cozinha mais frequentemente? (a pedido) Sopas e bife de lombo com molho à minha moda.
Costuma aproveitar os restos de um prato que cozinhou e com eles fazer um novo prato? Não.
O que é que tem sempre na sua dispensa (inclui frigorífico e freezer)? Camarões; bifes do lombo e ervas aromáticas.
Tem um utensílio que considere “pessoal” ou “favorito”? Colheres de pau de todos os tamanhos.
Costuma consultar sites da internet dedicados a temas culinários? Este é considerado um site ou um blog? É que é só o que eu consulto…
Quais são as suas lojas favoritas para produtos alimentares e equipamento de cozinha? El Corte Inglés.
Prato favorito? Risotto.
E petisco? Peixinhos da horta.
Prato português favorito? Cozido de grão.
Restaurante favorito? O Pap’Açorda. Porque é, talvez o único que mantém, há mais de 20 anos, a mesma qualidade, a mesma fiabilidade e o mesmo atendimento. Em privado, a casa da minha amiga Teresa Cotta…!
Experiência gastronómica inesquecível: A primeira vez que, em Paris, comi foie-gras com lentilhas e, contra todas as expectativas, achei um manjar dos deuses!
A última vez que jantou fora, em que restaurante foi? Vila Cipriani, no Funchal. Óptima cozinha italiana, numa varanda magnífica, ao cair da tarde, com o mar azul escuro de princípio da Primavera. Recomendo vivamente!
Ódio (culinário, é óbvio) de estimação: Abuso de natas e de sal. Ódio puro.
Conselhos ou normas de sabedoria? Nunca cozer demais os legumes.
Uma das suas receitas favoritas:

Arroz de garoupa:


Cozer uma cabeça de garoupa em água a ferver, com sal e uma cebola. Guardar a água. Fazer um refogado com azeite, cebola, alho, duas folhas de louro, um/dois piri-piri e meio pimento vermelho cortado em tiras finas. Quando a cebola estiver transparente, juntar tomate, limpo da pele e das grainhas. Deixar cozer com o tacho destapado. Quando o tomate estiver cozido, juntar o arroz, misturar bem e deixar “fritar” alguns minutos. Deitar a água da cozedura do peixe, a ferver, e deixar cozer dez minutos. Juntar o peixe, mais sal se necessário, e deixar mais cinco minutos. Na altura de servir, juntar um molho de coentros picados.

Nota 1: a cabeça só deve cozer o suficiente para que se possa extrair o peixe às lascas
Nota 2: a quantidade de água para cozer o arroz depende se se quer arroz mais seco ou mais “malandrinho”. No primeiro caso, eu ponho duas chávenas de água para uma de arroz; no segundo, ponho cinco de água para uma de arroz
Nota 3: para este arroz, prefiro utilizar azeite com 1% de acidez.
Nota 4: às vezes acrescento camarões. Nesse caso, junto, em partes iguais a água de cozer a garoupa e a da cozedura dos camorões.
Bom apetite.