quarta-feira, 16 de maio de 2007

O nosso Inquérito: Nuno Eduardo Silvestre.


Nome – Nuno Eduardo Silvestre.
Cozinha muito frequentemente? Não tanto como gostaria.
Quando começou a cozinhar? Desde a adolescência.
Seguiu algum curso? Não – Se ganhasse o euromilhões, seria esse o meu projecto de vida: “Viajar e fazer cursos de culinária”.
Há alguém que considere seu mestre? Não, por desconhecimento meu.
Livros de cozinha favoritos? Histórias e Curiosidades Gastronómicas e Livro de Bem Comer (José Quitério), Cozinha Tradicional Portuguesa (Mª Lurdes Modesto) e demais livros e revistas sobre o tema.
Qual é o prato que mais gosta de cozinhar? Peito de pato com molho de frutos do bosque.
O que cozinha mais frequentemente? Tentativas de cozinha Italiana e Indiana.
Costuma aproveitar os restos de um prato que cozinhou e com eles fazer um novo prato? Não. (porque nunca sobra nada)
O que é que tem sempre na sua dispensa (inclui frigorífico e freezer)? A minha “wish-list” : Oregãos secos, manjericão, cardamomos, canela, gengibre, noz-moscada.
Tem um utensílio que considere “pessoal” ou “favorito”? Almofariz – óptimo para “perder” tempo na cozinha. Em “wish-list”, um conjunto completo de boas facas (monobloco, cabo pesado e afiadas).
Costuma consultar sites da internet dedicados a temas culinários? Sim.
Quais são os seus sites favoritos?
http://www.marthastewart.com (pela enorme variedade).
Quais são as suas lojas favoritas para produtos alimentares e equipamento de cozinha? Lojas de produtos indianos (Portela e Martim Moniz).
Prato favorito? Entre muitos, Vitela Mendinha (Gerês).
E petisco? “Bolachas” de sangue frito com farinha de milho (Gerês).
Prato português favorito? Boas favas, bons enchidos, boa salada e bom vinho tinto. Cabrito assado.
Restaurante favorito? O Bem Cozinhado, Souto – Terras de Bouro, 253 351 392, (No Gerês…vá-se lá saber porquê). Em tempo frio, com um pequeno toque de nevoeiro, atendimento familiar, vista para reconciliação com o mundo, matéria-prima fresca, confecção apurada.
Experiência gastronómica inesquecível: Risotto de pêras, um prato que veio trocado (mas marchou logo) e era qualquer coisa tailandesa de camarão, uma multiplicidade de aromas onde cada um não escondia o outro – Restaurante “Rouge”, no Bairro Alto (já não existe, hélas) – o inesquecível reside no jantar em si (3 horas de conversa, comida, bebida…puro prazer).
A última vez que jantou fora, em que restaurante foi?A realidade, tal como a cozinha, é muito melhor quando devidamente temperada, por isso nomearia o “Sacas” – Zambujeira do Mar, numa noite de calor, um grupo de 8 pessoas bem-dispostas, sangria, peixe, saladas e conversa. Noutro registo, o restaurante Baluarte em Cascais, com vista para a baía, num dia em que só estavam duas pessoas lá (pelo menos assim me pareceu).
Ódio (culinário, é óbvio) de estimação: Nabos e couve-flor.
Conselhos ou normas de sabedoria? Espero um dia poder responder a essa pergunta.
Há alguma pergunta que gostaria que lhe fizéssemos?Já fizeram tantas a que não estou habilitado a responder. Em todo o caso… “O que aprecia mais no acto de cozinhar?” – O tempo que se demora.
Uma das suas receitas favoritas:

Entrada – Guacamole (variante)
2 abacates um dia antes de apodrecerem, 1/2 cebola finamente picada, 2 ovos cozidos em pedacinhos, sumo de meio limão, sal e pimenta moída na altura.
Fazer uma pasta de abacate com o sumo do limão e juntar o resto. Servir frio. Para apreciar com tiras de milho sem sal.

Uma receita de “restos”:

Para quando se faz doces com muitas gemas : Omelete de claras (com uma boa frigideira anti-aderente)

- 1 1/2 colher de sopa de óleo (dispensável)- 4 a 5 claras de ovo- Pimentas verdes/vermelhas picadas- Cebola picada- Queijo ralado- Salsa picada- Sal e Pimenta.
Bater as claras com sal quase em castelo. Deitar na frigideira (quente) e ir agitando para não pegar. Juntar as cebolas, pimentas, salsa e queijo. Dobrar a omelete ao meio. Não deixar queimar (trad. minha para “overcook”). Rectificar de temperos se necessário.