
Avancei primeiro; uma sorridente Irmã encaminhou-me para uma sala e pediu-me para esperar. Uma grade em ferro ocupava toda a parede de fundo, mas o ambiente era confortável e acolhedor. Nunca tinha entrado num convento de clausura e sentia-me pouco à vontade. Irmã Maria Andrea logo apareceu, pequenina e vivíssima, conversando comigo como se nos conhecêssemos desde sempre. Falou de si e da sua família, do orgulho em bem receber todos quantos visitavam o Carmelo, do prazer em viver no Crato e do gosto da comida alentejana. Depois, o Zé Guilherme juntou-se a nós e levaram-nos a visitar todo convento que mostraram com um carinho invulgar, como invulgar é, também, a generalizada alegria que as Irmãs irradiam. Já agora, não se pense que vivem isoladas do mundo exterior, muito pelo contrário: de todas as nossas entrevistadas foram as únicas que nos enviaram as receitas por e-mail! (TCD).

