terça-feira, 13 de março de 2007

O Nosso Inquérito: Álvaro Roquette.



Nome: Alvaro Roquette.
Cozinha muito frequentemente? Sim, não tenho outro remédio…
Para quem? Para quem tem a coragem de lá ir a casa.
Quando começou a cozinhar? Era pequeno, a curiosidade aproximou-me do fogão.
Seguiu algum curso? Não, tenho seguido alguns livros.
Há alguém que considere seu mestre? A minha avó Gigica, que nunca cozinhou mas sabia os truques todos.
Livros de cozinha favoritos? Que seria de mim sem a Isalita, o Tesouro das Cozinheiras, o Pantagruel, estrangeiros uso mas não frequentemente.
Qual é o prato que mais gosta de cozinhar? Sopas, sou viciado, espero que esta adição esteja despenalizada….
O que cozinha mais frequentemente? O chamado por qualquer criada de servir de “trivial”, mas sou fã de comida portuguesa.
Costuma aproveitar os restos de um prato que cozinhou e com eles fazer um novo prato? Tenho pouco o espírito de Filipa Vá Com Deus, comigo vai pró lixo.
Tem um produto favorito? Sim, mas não posso dizer agora, estava a brincar, adoro o cheiros das ervas frescas, por isso cozinho muito pelo cheiro, coentros é de certo o produto natural a que posso chamar de eleito.
Que tempero considera mais importante? O sal.
Tempero mais excessivamente valorizado? As ervas.
Tempero mais injustamente esquecido? Os que a minha avó desconhecia, gengibre é um bom exemplo, também não me dou bem com os picantes, dá-me nervos…
Utensílio de cozinha mais indispensável? O tacho.
Tem um utensílio que considere “pessoal” ou “favorito”? O odeio que usem as minhas facas.
Interessa-se pela aplicação de novas tecnologias na cozinha? Tenho medo…
Costuma consultar sites da internet dedicados a temas culinários? Não, sou um clássico.
Qual é a sua loja favorita para produtos alimentares e equipamento de cozinha? Equipamento de cozinha, não compro faz muito tempo. O Corte Inglês resolve-me o resto da vida.
Prato favorito? Favas mil vezes favas, com arroz branco, lembro-me sempre do Vale de Santarém na Cidade e as Serras.
E petisco? É difícil escolher um, mas cá vai, a medo claro, caracóis.
Prato português favorito? Favas.
Restaurante favorito? Pap´Açorda.
Conselhos ou normas de sabedoria? Nunca cozinhar sem paixão.
Há alguma pergunta que gostaria que lhe fizéssemos? Exmo Senhor, lemos com cuidado e atenção o seu inquérito e acima de tudo achamos que é um canastrão nestas coisas do comer, propomos que, caso aceite, passe por uns tempos a jantar nas nossas casas, para saber o que é comer civilizadamente. Aceita?
Uma das suas receitas favoritas:

Sopa da Tia Rita

6 nabos
6 cebolas
6 courgettes
1 pacote de manteiga
Natas a gosto

Numa panela derrete-se a manteiga, depois junta-se o nabo cortado em rodelas finas, deixa-se estufar, a meio junta-se a cebola também ás rodelas finas, um pouco mais e juntam-se as rodelas de courgette. Acrescenta-se água e deixa-se cozer tudo muito bem.
Passa-se a sopa com a amiga varinha mágica e no momento de servir juntam-se as natas.

Não sei se é assim que se escreve uma receita, mas estou certo que chegam lá.

Uma receita de “restos”:
Não consegui que a celebre senhora descesse sobre mim…