domingo, 11 de março de 2007

O nosso Inquérito: Paula Gomes da Costa.



Nome: Paula Gomes da Costa.
Cozinha muito frequentemente? Quase todos os dias.
Para quem? Principalmente para o meu pequeno homem, o meu filho Lourenço. De resto, para os amigos – provadores oficiais das minhas experiências!
Quando começou a cozinhar?“Shame on me”…Comecei a aprender a ‘descascar batatas’ aos 21 anos quando descobri que nem toda a gente tinha empregada…e alguém me disse: “ Se quer jantar tem aqui as batatas e uma faca, que eu vou tratando do resto”.
Seguiu algum curso? Os livros da minha Avó, que fui consultando por curiosidade, para aprender o formal e o básico.
Há alguém que considere seu mestre? A minha imaginação….e excertos de várias origens, mas mestre, mestre oficial, não!
Livro de cozinha favorito? Os que já referi, as anotações da minha Avó, que ensinam desde o segredo para fazer um bom bechamel até as receitas de bebidas licorosas produzidas na fábrica do meu bisavó.
Qual é o prato que mais gosta de cozinhar? Varia muito com o meu estado de espírito. A cozinha para mim é criativa e catártica. Mas, assim sem pensar caril de gambas e frutas e folhados de legumes com queijo de cabra.
O que cozinha mais frequentemente? Peixe. Todo o tipo de peixe (que o Lourenço adora), grelhado, gratinado, assado. E também pastas, por serem práticas e rápidas.
Costuma aproveitar os restos de um prato que cozinhou e com eles fazer um novo prato?
Costumo, sempre ouvi a minha Avó e Mãe recomendar que nunca se deve deitar comida fora. Aproveito por exemplo a carne assada para fazer empadão (mesmo quando esta tem pinhões e ameixas…especialidade da empregada da minha Mãe).
Tem um produto favorito? Tenho as castanhas, amo tudo o que leve castanhas e ando sempre à procura de novas formas de as utilizar.
Que tempero considera mais importante? Muito honestamente…o sal q.b., mas a seguir a salsa.
Tempero mais excessivamente valorizado? Os cominhos (que não gosto nada) .
Tempero mais injustamente esquecido? Alecrim.
Utensílio de cozinha mais indispensável? A colher de pau tradicional e o ‘salazar’.
Tem um utensílio que considere “pessoal” ou “favorito”? O meu Wok.
Interessa-se pela aplicação de novas tecnologias na cozinha?Sim…mas confesso que aprecio muito a tradição.
Costuma consultar sites da internet dedicados a temas culinários? Só quando procuro uma receita específica.
Quais são os seus sites favoritos? Utilizo sempre o google como ponto de partida, e depois navego livremente até satisfazer a minha demanda.
Quais são as suas lojas favoritas para produtos alimentares e equipamento de cozinha? A Minhotinha na Foz, o Mercado do Bolhão e a Casa Chinesa na Baixa….tudo no Porto, claro….Equipamento de cozinha…o que vou encontrando.
Prato favorito? A carne de porco assada com pinhões e ameixas (da Conceição) e os pezinhos de coentrada.
E petisco? Amêijoas à bolhão pato, o polvo e os pimientos padrón da Galiza.
Prato português favorito? Tripas à moda do Porto, claro… um bom cozido.
Restaurante favorito? Foz Velha, no Porto. Salta ao Muro (tasco) em Matosinhos.
Conselhos ou normas de sabedoria? Siga os seus instintos e confie no que os seus sentidos lhe transmitem.
Uma das suas receitas favoritas:

Bolo raso de Queijo
1 lata de leite condensado
3 ovos
2 mozarella
Queijo da Ilha raspado q.b. (varia conforme o gosto por queijo de cada um)
1 colher de chá de fermento

Coloca-se o leite condensado as gemas de ovo, os mozarella, as raspas de queijo da ilha e o fermento numa misturadora e bate-se até fica numa mistura homogénea.

À parte bate-se as claras até ficarem em castelo (convém deitar um pitada de sal para facilitar o crescimento).

Envolver-se a mistura nas claras batidas de forma a ficarem uniformes. Coloca-se num forma de tarte previamente untada com margarina. Leva-se a forno já aquecido a 170º durante 35’ (tendo o cuidado para cobrir com uma folha de alumínio para não tostar em demasia).


Uma receita de “restos”:

Empadão de carne com courgette, bróculos e ovo cozido

Com restos de carne assada, corta-se a carne em pedaços relativamente pequenos. Faz-se um refogado (alho, cebola, azeite, salsa e molho de soja) com a carne e após ter dado uma fervura prévia à courgette e ao bróculo adiciona-se no refogado. Deixa-se apurar, sem ficar muito escuro.

À parte cozem-se dois ovos e faz-se puré q.b. para a quantidade de carne. Faz-se, igualmente molho béchamel.

Coloca-se a carne numa assadeira e pica-se os ovos cozidos por cima da carne, rega-se com um bocadinho de molho bechamel, guardando o restante.
Coloca-se o puré por cima até fazer uma camada uniforme e deita-se o resto do bechamel por cima.
Vai ao forno crca de 25’ a 170º para tostar ligeiramente.

Serve-se com uma salada de rúcula e tomates baby condimentada com molho de mostarda Dijon.