quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

O Foodie aplicado: "Appetite" de Nigel slater



As primeiras cento e cinquenta páginas de “Appetite” deviam ser leitura obrigatória para quem se decida a cozinhar, seja para si só, seja para a família ou amigos. Obrigatória porque nelas Nigel Slater, de um modo muito sucinto e claro, analisa todos os condicionalismos, intencionalidades, atitudes, técnicas, produtos e mesmo ementas mais recomendadas para cada mês do ano, em termos que nos fazem compreender e, consequentemente, melhorar o modo como se vem a concretizar a nossa vontade, ou necessidade, de fazer comida. Esclarece mesmo o modo como entende que se deve utilizar um livro de cozinha: “Quero encoraja-los a adoptarem o espírito das receitas que se seguem mas para depois se desviarem delas de acordo com os vossos ingredientes e os vossos sentimentos. A entender que tanto os nossos ingredientes como a nossa fome são variáveis que não devem, não podem, ser sujeitas a um conjunto de fórmulas escritas em tábuas de pedra. Quero leva-los a quebrar as regras. Quero que sigam o vosso apetite”.
Tenho este livro já há uns bons anos e já fiz uma boa parte das receitas. Funcionam às mil maravilhas. Mesmo quando me afastei do texto e segui o meu próprio apetite. Como deseja o autor.