quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

O nosso Inquérito: Paulo Silva.


Nome: Paulo Silva.
Cozinha muito frequentemente? Muito.
Para quem? Para mim, para a família e para os amigos.
Quando começou a cozinhar? Por volta dos 30(há cerca de 12 anos).
Seguiu algum curso? Não.
Há alguém que considere seu mestre? Não mas tenho aprendido muito com quem tenho vivido, com amigos, e com o que recordo do meu pai e da minha avó materna.
Livro de cozinha favorito? Tesouros da Cozinha Tradicional Portuguesa .
Qual é o prato que mais gosta de cozinhar? Gosto de pratos complicados que exijam várias actividades ao mesmo tempo (tipo preparar um peru recheado).
O que cozinha mais frequentemente? Massas.
Costuma aproveitar os restos de um prato que cozinhou e com eles fazer um novo prato? É raro; sou mais do tipo de ir comendo os restos frios até à manhã do dia seguinte. Mas detesto deitar restos fora.
Tem um produto favorito? Atum fresco.
Que tempero considera mais importante? Especiarias em geral – cravinho, noz-moscada, pimenta.
Tempero mais excessivamente valorizado? Piri piri.
Tempero mais injustamente esquecido? Açúcar (em pratos salgados).
Utensílio de cozinha mais indispensável? Relógio.
Tem um utensílio que considere “pessoal” ou “favorito”? Uma colher de pau com as duas faces convexas.
Interessa-se pela aplicação de novas tecnologias na cozinha? Pouco.
Quais são as suas lojas favoritas para produtos alimentares e equipamento de cozinha? Supermercado do Corte Inglés em Lisboa, Praça da Figueira (para bacalhau seco), Martim Moniz (produtos chineses / orientais). Para equipamento encontro quase tudo e barato na Pollux na rua dos Fanqueiros e algumas coisas muito excepcionais (e bem mais caras) na Torres e Brinkman na rua da Trindade; ainda não encontrei uma loja onde pudesse comprar um fumador de peixe e isso continua a ser uma lacuna.
Prato favorito? Qualquer tipo de caril de batata ou de galinha.
E petisco? Ovos mexidos com espargos.
Prato português favorito? Carne de Porco à Alentejana.
Restaurante favorito? O Pap’ Açorda em Lisboa continua a ser o meu preferido em qualidade e ambiente.
Conselhos ou normas de sabedoria? Recuperar o uso de toucinho fresco, banha de porco para ocasiões especiais.
Há alguma pergunta que gostaria que lhe fizéssemos? Sobre manias: como não gosto de números pares, cozinho sempre em quantidades ímpares - as pitadas de sal, os dentes de alho, as folhas de louro são sempre em número de um, três, cinco …
Uma das suas receitas favoritas:
Massa com courgettes:
Macarrão que junto depois de cozido a courgettes em quartos de rodelas grossas que estiveram numa frigideira com azeite, alho e pele do limão, até ficar transparente. No prato junto mais um fio de azeite cru e parmesão ralado.

Uma receita de “restos”:
Arroz frito – para reciclar arroz cozido, passo-o numa frigideira com um pouco de óleo de sésamo e muito gengibre e vou adicionando toda a sorte de legumes crus cortados, sempre começando dos mais rijos para os mais moles. Não ponho sal que substituo por molho de soja. Cozinho ainda com muitos chilis, combinando os verdes mais suaves com os vermelhos mais picantes. Deve ficar crocante.