quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

O nosso Inquérito: Angélica Martins António



Nome: Angélica Cristina Martins António.
Cozinha muito frequentemente? Sim, todos os dias.
Para quem? Para a minha família – marido e filha.
Quando começou a cozinhar? Regularmente e a sério, apenas à cerca de 3 anos. Cozinhar nunca foi o meu forte, e cozinhava apenas quando era obrigada.
Enquanto estudei em Lisboa, cozinhava muito porque estava fora de casa e não tinha ninguém que cozinhasse para mim. Naquele tempo confesso que comecei a achar que era um passatempo engraçado. Depois houve um tempo de quebra, e agora desde que casei tenho passado a cozinhar muito mais e com mais gosto.
Seguiu algum curso? Não.
Há alguém que considere seu mestre? Acho que não. A palavra mestre pra mim é associada a alguém que muito bem o sabe fazer e o ensina e um outro alguém que com o mestre consiga aprender. Conheço pessoas que cozinham muitíssimo bem, mas como sou incapaz de os “seguir” penso que não os posso considerar meus mestres, infelizmente.
Livro de cozinha favorito? Pantagruel.
Qual é o prato que mais gosta de cozinhar? Bacalhau com natas.
O que cozinha mais frequentemente? Sopas.
Costuma aproveitar os restos de um prato que cozinhou e com eles fazer um novo prato? Sim, por vezes. Principalmente os restos de carne para fazer empadão.
Tem um produto favorito? Não me ocorre nenhum.
Que tempero considera mais importante? O sal.
Tempero mais excessivamente valorizado? Igualmente o sal e o piri-piri.
Utensílio de cozinha mais indispensável? Um bom cutelo e a amiga colher de pau.
Tem um utensílio que considere “pessoal” ou “favorito”? Não.
Interessa-se pela aplicação de novas tecnologias na cozinha? Um pouco.
Costuma consultar sites da internet dedicados a temas culinários? Sim, muitas vezes.
Quais são os seus sites favoritos? Nenhum site em especial. Costumo pesquisar no google receitas com o nome de algum alimento que me apeteça cozinhar. De agora em diante concerteza irei antes de mais consultar o vosso.
Quais são as sua
s lojas favoritas para produtos alimentares e equipamento de cozinha? Em Coruche, onde vivo, não existe assim nenhuma loja de produtos alimentares que possa considerar favorita, até porque por vezes encontram-se ingredientes mencionados em receitas, que procurando em todos os super e hipermercados da zona não se encontram. E fora daqui ainda não me habituei a procurar. Em relação aos equipamentos, idem.
Prato favorito? Qualquer prato que contenha marisco.
E petisco? Quase todos são favoritos. Adoro petiscar.
Prato português favorito? Cozido à portuguesa para carne e sardinhas assadas para peixe. Bem português!
Restaurante favorito? Uma boa marisqueira.
Conselhos ou normas de sabedoria? Não comer em demasia ... o que não significa que o siga à risca.
Uma das suas receitas favoritas:

Também considerada uma receita de “restos”, gosto muito de “açorda de camarão”.


Uma das minhas favoritas primeiro porque dá para aproveitar os restos de pão duro que vai sobrando e depois porque claro está, tem camarão.
Muito fácil (que aliás pra mim teria mesmo que ser): Poê-se ao lume um tacho com água a ferver, um ramo de coentros e um caldo knorr (de preferência de peixe porque combina melhor com o sabor do camarão). Depois de os coentros terem fervido um pouco retiram-se do tacho e junta-se os camarões à água só até levantar fervura para que estes não fiquem demasiado cozidos.
À parte, faz-se um tipo de refogado apenas com azeite e alhos cortados aos pedaços bem pequenos. Tempera-se com um pouco de piri-piri. De seguida junta-se ao azeite os camarões préviamente meio cozidos.
Entretanto, na água da cozedura, metem-se de molho umas fatias de pão com as quais de pretende fazer a açorda. (pode fazer-se com o lume já apagado ou não, conforme a consistência do pão)
Depois de o pão estar completamente mole, junta-se-lhe os camarões com o azeite e os alhos.
Finalmente, e já depois do lume apagado, acrescentam-se dois ou três ovos (conforme a quantidade), que se envolvem enérgicamente no pão e nos camarões, e coentros picadinhos.

Uma receita de “restos”:

Empadão de carne

Depois de aproveitadas as sobras de carne cozida ou assada, levam-se a refogar um pouco com azeite e cebola. Junta-se pimenta moída na hora a gosto e se se gostar um pouco de piri-piri.
Coze-se arroz ou faz-se um puré de batata (pessoalmente prefiro o puré de batata). Mete-se num tabuleiro de ir ao forno uma camada de arroz ou de puré, uma camada de carne e finalmente outra camada de arroz ou de carne.
Por cima espalha-se umas gemas batidas e umas rodelas de chouriça.
Vai ao forno.