segunda-feira, 23 de abril de 2007

O nosso Inquérito: Isabel Maria Alves da Fonseca Freire.


Nome: Isabel Maria Alves da Fonseca Freire.
Cozinha muito frequentemente?Todas as semanas, não todos os dias.
Quando começou a cozinhar?Por curiosidade aos 14 anos, com entusiasmo aos 18/20 por independência aos 25.
Há alguém que considere seu mestre?A minha família materna, sobretudo a mãe e tia.
Livros de cozinha favoritos? Os de família, sobretudo os da mãe e tia (muitas destas receitas são legado de aprendizagem da “Obras das Mães”). Os livros das minhas tias – avó (proveniência desconhecida). As receitas do avô paterno (origem - Brasil). Pantagruel e Isalita.
O que cozinha mais frequentemente? Presentemente, massas, sopas, pratos simples e rápidos ( …it's only me).
Costuma aproveitar os restos de um prato que cozinhou e com eles fazer um novo prato?Depende do resto mas sim, normalmente cozinho um novo prato com o que restou.
O que tem sempre na sua dispensa inclui frigorífico e freezer? Leite, queijo, manteiga, iogurte, saladas.
Tem um utensílio que considere “pessoal” ou “favorito”? Pessoal não, mas essencial na cozinha é uma boa faca, um “Salazar” e um bom forno.
Costuma consultar sites da Internet dedicados a temas culinários?Não.
Quais são os seus sites favoritos? De certeza o vosso.
Quais são as suas lojas favoritas para produtos alimentares e equipamento de cozinha? Referindo só as nacionais, charcuteries como a Moy ou a do El Corte Inglês; as praças, de preferência a de Alvalade e a do Saldanha (saudades da antiga…). Quanto a equipamento de cozinha depende do que procuro, utensílios comuns mas essenciais, ainda frequento lojas como Braz e Braz ou Polux, se quiser objectos de design aí passeio-me pelas novas lojas que surgiram na cidade.
Prato favorito? Ó meu Deus há uma infinidade! Qualquer um de pato, bacalhau. Pratos de lagosta ou lavagante cozinhados, como lagosta suada, lavagante com espinafres e molho de gengibre. Souflé… adoro, tanto salgado como doce.
E petisco? Mexilhões ; Bruxinhas; Salada de búzios; carpacio de polvo; ovinhos de codorniz com maionese e azeitonas; farinheira assada, etc.
Prato português favorito? Um bom cozido, com tudo a que tem direito.
Restaurante favorito? Não tenho um em especial, há alguns de que gosto muito como o Papa-açorda (óptima comida; ambiente agradável espaço simpático); Travessa (boa comida; bom ambiente, gosto do espaço);o Olivier (excelentes petiscos, bom ambiente, espaço razoável); Porto Santa Maria (óptimo para peixe ao sal ou ao pão, decor de mau gosto e grande demais, vale-lhe a localização); Varina da Madragoa óptimas pataniscas, ambiente e espaço castiço; a Primavera etc., Limitei-me a Lisboa, há tantos mais.
Experiência gastronómica inesquecível? Numa Vila Toscana em 1987. Um jantar fenomenal composto de 14 iguarias italianas da região da Toscana (procurei, mas não sei onde guardei o cardápio). Um bom vinho e uma vista inesquecível.
A última vez que jantou fora, em que restaurante foi? No “FURNAS”, na Ericeira. Partilhamos um prato de peixe grelhado: pregado, cherne e garoupa (éramos 15), DIVINAL. Bom peixe, bem grelhado, decor indescritível, excelente localização.
Conselhos ou normas de sabedoria? Não tenho “know how” para tal, mas uma coisa já constatei, não ponha pressa no que cozinha que os cozinhados não se compadecem.


RECEITAS

Não aprecio em particular Bavaroises, mas há uma que abre excepção, é a de Nozes, espero que concordem comigo.


INGREDIENTES:
125 gr de nozes moídas
1½ lata de leite condensado
½ lata de água ( medida pela lata do leite )
4 ovos
5 folhas de gelatina branca
Baunilha q.b.

COBERTURA:
2 dl de natas
½ lata de leite condensado
Nozes picadas q.b. para polvilhar o pudim

EXECUÇÃO:

Mexe-se as gemas e junte a pouco e pouco o leite condensado e as nozes. Acrescenta-se a água e leva-se ao lume ( em banho-maria ) até engrossar (sem deixar ferver).
Enquanto quente, mistura-se a gelatina previamente demolhada em água fria, por fim incorpora-se cuidadosamente as claras em castelo.
Deita-se o preparado numa forma molhada e coloca-se no frigorífico durante 2 horas.
Bate-se a nata com o leite condensado, deitando este pouco a pouco enquanto bate as natas, depois de desenformada, cobre-se a bavaroise com este molho.


Nem sempre é feita com os restos há quem o faça como prato primeiro, eu normalmente só a faço com os restos de bacalhau cozido. É uma das minhas preferidas, é o velho Bacalhau à Gomes Sá, provavelmente já a conhecem, contudo vou descrever como o faço:


INGREDIENTES:
Bacalhau que sobrou ( em lascas )
Batatas cozidas que sobraram (aos quadrados)
1 cebola grande (cortada finamente às rodelas: máquina de cortar batatas manual)
1 dente de alho esmagado
1 folha de louro
Noz-moscada q.b.
Azeite q.b.
Vinagre a gosto
Sal?
Pimenta/malagueta, a gosto
Azeitona preta (s/ caroço)
Salsa picada



EXECUÇÃO:
Faça o refogado com a cebola, alho e folha de louro deixe a cebola “cozer” sem a alourar muito. Junte o bacalhau em lascas e as batatas cozidas e envolva-os no refogado, tempere com sal, caso necessite, noz-moscada, pimenta e por fim o vinagre. Depois de retirado do lume, adicione as azeitonas.
Quando colocado na travessa salpique com a salsa picada e, caso tenha sobrado também um ovo cozido, pode aproveitá-lo picando em passe-vite e polvilhá-lo juntamente com a salsa.