Se você é dos que vivem felizes entre bacalhau com natas, loiças da Vista Alegre e tapetes de Arraiolos, não perca o seu tempo: a loja de Isabel Lopes da Silva não é para si.
Mas se for como nós, estiver certo e seguro de que as irmãs Fendi, Jo Malone, Manolo Blahnik e, já agora, Ferran Adria fizeram mais pela humanidade do que a Madre Teresa, então quando entrar na loja vai sentir que chegou à Terra Prometida.
Isabel Lopes da Silva tem em comum com a manteiga de cabra de Palhais (ver já há um mês e tal neste blog) que para a descrever objectivamente se pode usar apenas superlativos hiperbólicos. Só o que é positivo e termina em íssimo, érrimo ou mesmo ésimo. Sobretudo tem algo que falta à maioria dos habitantes desta cidade: o sentido do luxo.
Há sempre pratas soberbas de Georg Jensen, artes populares de países remotos e agora algumas cerâmicas “aquáticas” de Gustavesberg. O suficiente para transformar a sua mesa num prodígio de sensualidade.(E fazer a sua cunhada, quando for jantar a sua casa para a semana, sair com um ataque de sarna). Possivelmente quando fizer as contas ao que gastou vai cancelar as férias de Páscoa na Tailândia ou a compra do Smart para andar em Lisboa agora que a Emel entrou numa de genocídio. Paciência. Verá que o luxo absoluto dá sempre mais pica. Vá por mim.
Isabel Lopes da Silva, Antiguidades. Rua da Escola Politécnica, nº 67. T:21 342 5032.
quinta-feira, 15 de março de 2007
As Artes e a Mesa: Isabel Lopes da Silva, Antiguidades.
Publicada por
Teresa Cota Dias, Manuel Murteira Martins e José Vilela
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quinta-feira, março 15, 2007
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